Técnicos Industriais têm boas perspectivas

23 de setembro de 2008, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Os técnicos industriais somam cerca de 150 mil. Atuam em indústrias que se concentram em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Têm um salário médio inicial de R$ 1.200 e são mais uma categoria profissional em falta no mercado de trabalho nacional.

Técnicos de Mecânica, Edificações e de Telecomunicações, entre outras especialidades, encontram boas oportunidades no mercado de trabalho. O problema é que são insuficientes para atender a demanda. A carência alcança inclusive o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Compromete a qualidade dos projetos e provoca atrasos no cumprimento dos cronogramas de projetos, obras e empreendimentos, tanto da iniciativa privada quanto do governo.

Nos últimos anos, a falta de interesse por cursos de nível médio e um mercado de trabalho pouco atraente, afastaram os jovens das escolas técnicas. Hoje o quadro se reverte. Mesmo os formados precisam de requalificação, muitas vezes oferecida pelas próprias indústrias.

Em 2008, entre as comemorações do Dia do Técnico Industrial, 23 de setembro, a Semana dos Técnicos Industriais realizada há 10 anos na cidade mineira de Ipatinga ganha destaque em função da montagem da 1ª ECOTEC.

Na exposição, que reúne mais de 50 expositores, tecnologias e produtos inovadores e funcionais para as diversas áreas industriais. Alternativas para um desenvolvimento sustentável sem agressão ao meio ambiente como a única Usina Móvel de Biodiesel do mundo devem atrair cerca de 12 mil visitantes.

Investidores interessados em novas tecnologias e profissionais a procura de atualizar seus conhecimentos têm na mostra e nos cursos oferecidos pela Semana, uma boa oportunidade de negócios e de aprendizado.

Tanto o mercado de trabalho – para cobrir lacunas – quanto as entidades de representação profissional – para renovar as lideranças – querem atrair o jovem para a área técnica.

Os cursos técnicos – com três anos de duração e 600 horas de estágio – podem ser feitos paralelamente ao 2º Grau. Essa opção agiliza a colocação no mercado de trabalho onde o técnico industrial geralmente começa fazendo manutenção e depois projetos. No entanto, nessa fase, encontra muitas resistências dos profissionais de nível pleno.

Com um salário inicial, o técnico pode seguir carreira buscando especializações e cursos de nível superior. Se a opção for feita após o 2º Grau, as matérias técnicas podem ser feitas em 18 meses.

O setor industrial, os ramos da engenharia e da agronomia, a arquitetura, a geologia e minas, e a meteorologia, além do setor de serviços são nichos de oportunidades de emprego. No entanto, os profissionais autônomos ainda representam o maior número entre os técnicos industriais.

*Maria Helena de Carvalho
Equipe GCO/Confea