Construtoras se preparam para não atrasar

23 de outubro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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falta de cimento no comércio local está sendo vista como um desafio para a área de engenharia e planejamento das construtoras. Com um olho no mercado de cimento e outro no cronograma de obras, as empresas procuram trabalhar de forma planejada, procurando antecipar estoque para não atrasar o andamento das construções.

Em Cuiabá, as grandes construtoras estão procurando planejar as compras. Segundo o sócio-proprietário da Construtora Ginco, Júlio César de Almeida Brás, a falta de cimento tem gerado alguns transtornos para a construção civil.

“Procuramos comprar com antecedência, dentro de um planejamento de médio prazo, pois não podemos correr o risco de atrasar as obras”, diz o empresário. Um dos empreendimentos da Ginco é o condomínio Belvedere, com 924 lotes, que deverá ser entregue no próximo mês de novembro.

“Estamos finalizando as obras de infra-estrutura. Só faltam o meio-fio e as bocas-de-lobo”, informa. Segundo ele, a obra não sofrerá atraso porque já estava com seu cronograma adiantado “e isso vai compensar o problema que estamos enfrentando hoje com a escassez de cimento”. A obra emprega atualmente cerca de 300 operários. “Não chegamos a demitir, pois o ritmo das obras foi mantido”.

Além do Belvedere, a Ginco mantém o canteiro de obras do Florais dos Lagos (pavimentação do acesso e construção da portaria), com 638 lotes e cerca de 100 operários em atividade. “Por enquanto, estamos conseguindo trabalhar normalmente. Mas se a situação piorar seremos obrigados a cortar pessoal”.

A construtora São Benedito adotou a mesma estratégia para cumprir o prazo de entrega das obras. No total, são seis empreendimentos, sendo cinco em Cuiabá e um em Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá).

“Adotamos a cautela de trabalhar com grandes estoques e compras antecipadas neste cenário de crise”, diz o gerente de Negócios da empresa, César Moraes. Segundo ele, o estoque [de cimento] da construtora dá para mais três meses e até agora a empresa não sofreu nenhum tipo de atraso. (MM)

Fonte:Diário de Cuiabá