Álcool hidratado acumula alta de 40% entre julho e novembro

4 de dezembro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O álcool hidratado deverá ser o combustível com o maior reajuste de 2007. Até o final de novembro, o litro apresenta alta acumulada de 40%, levando em consideração o menor preço do ano, R$ 1,02 em julho, contra a média atual no Estado, que é de R$ 1,422. Um período de quatro meses. Em apenas uma semana, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a elevação dos preços adotados na bomba dos postos revendedores mato-grossenses obteve média de 4,41%. O percentual faz parte da pesquisa semanal que a agência realiza em postos espalhados pelo país. A cada semana, cerca de 150 postos nas quatro regiões de Mato Grosso são alvo da pesquisa.

Ampliando a análise do comportamento dos preços do álcool hidratado, o reajuste acumulado em quatro semanas é de 8,39%, conforme pesquisa da ANP realizada entre os dias 4 de novembro a 1° de dezembro. Mesmo apresentando inflação na comparação entre as duas últimas semanas, a média de preços de Mato Grosso segue como a segunda mais baixa do Brasil, perdendo apenas para a média paulista, que revela cotação para o litro em R$ 1,261. Em terceiro lugar está o Paraná (R$ 1,439). Já o litro mais caro do país está na região Norte, onde, por exemplo, no Acre se aproxima de R$ 2, valores também em vigor no Pará e em Roraima.

Neste último levantamento em vigor na ANP, que revela o comportamento dos preços dos combustíveis do dia 25 de novembro a 1º de dezembro, o município de Cáceres (250 quilômetros ao oeste de Cuiabá) tem o produto mais caro do Estado: R$ 1,747, na média entre os postos da cidade e preço máximo de R$ 1,790. Já os preços médios adotados por Cuiabá e Várzea Grande são de R$ 1,390 e R$ 1,387, respectivamente.

Oito cidades são alvo da ANP: além de Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, são monitorados os valores de mercado de Alta Floresta, Sinop, Sorriso, Rondonópolis e Santo Antônio de Leverger.

Para a indústria, as altas registradas até o momento não se justificam, visto que a entressafra da cana-de-açúcar, matéria-prima para a produção de álcool hidratado, álcool anidro – aquele que é adicionado à gasolina – e de açúcar, tem início neste mês e, conforme o Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindálcool), algumas usinas têm cana para moer durante a primeira quinzena deste mês. O ano de 2007 deverá fechar com a produção de 850 milhões de litros nas onze plantas em atividade em Mato Grosso.

GASOLINA – Sem registrar elevações significativas nos últimos meses, o litro da gasolina se mantém na casa de R$ 2,871 na média estadual, porém conserva o título de a mais cara no país. Nas últimas quatro semanas o preço do litro no Estado avançou de R$ 2,870 para R$ 2,871. Em Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá) está o litro mais caro do Estado: R$ 3,050. O valor máximo encontrado tirou de Alta Floresta, a cerca de 300 quilômetros acima de Sinop, o título de a gasolina mais cara de Mato Grosso.

Abaixo do litro mato-grossense está o do estado do Acre, que nesta última rodada da pesquisa da ANP apresenta cotação média de R$ 2,865.

Fonte:Diário de Cuiabá