8º Cobradan é encerrado em MT, o próximo será em Palmas
9 de novembro de 2017, às 15h11 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Hoje (09) foi encerrado o VIII COBRADAN – Congresso Brasileiro de Defensivos Agrícolas Naturais realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso e a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Mato Grosso. Foram três dias de apresentação de trabalhos e pesquisas.
O prof. Dr. Alexandre Machado, da UFMT, um dos organizadores do congresso, fez um balanço do encontro. “Conseguimos fazer um evento com alto nível, por isto fizemos questão de trazê-lo para Mato Grosso, pela sua importância e pelo incremento, gerando maior visibilidade para o tema. Estas pesquisas precisam ser conhecidas e as técnicas muito bem implementadas, além disso, ainda é necessário promover a regularização do uso destes produtos naturais”, defendeu o professor.
José Genuíno Medeiros, que é agrônomo, técnico em agropecuária e servidor da EMATER na Paraíba, achou o congresso excelente. “A Paraíba está iniciando na área de defensivos naturais e não temos uma propagação tão grande, que aqui conseguimos perceber. Foram palestras de alto nível científico, mas ficamos com um gostinho de quero mais, pois também queríamos de ver a implantação dessas pesquisas, mas foi muito positivo trocar experiências também com outros profissionais”, declarou Medeiros.
O estudante de agronomia, Waldemar Pereira Braga, aproveitou o evento para agregar conhecimento. “Foi muito enriquecedor, tive acesso a temas que nunca tinha visto e outros que estamos estudando, o que contribuiu muito. Vimos que os defensivos são o futuro e creio que temos que focar nisto, pois é uma ferramenta boa para o solo, tanto quanto para a saúde humana”.
Clodoveu Franciosi foi um dos produtores que apresentou sua experiência, ele se utiliza dos defensivos naturais desde 1998 nas áreas que tem em Tangará da Serra, Sapezal e Brasnorte. Produtor de soja, milho, algodão, girassol e feijão, entre outros cultivos, ele já tem uma produção própria dos biodefensivos. Nesta safra já produziu e utilizou mais de 150 mil litros.
O produtor percebe que a disseminação dos defensivos naturais em Mato Groso ganhou corpo nos últimos 4 anos e explica os ganhos, dentro de suas lavouras, com a utilização dos defensivos naturais. “Combatemos nematóides, lagartas, mosca branca, percevejo e outras pragas tendo menos custo, mas a mesma produtividade. Conseguimos um solo mais resistente e estável, o bolso fica cheio e a equipe ainda trabalha mais tranquila do que quando utilizávamos os defensivos químicos”.
Ao final do encontro, os produtores pioneiros na utilização dos defensivos naturais, receberam uma homenagem por parte da AEA-MT e, foi escolhida a próxima sede do COBRADAN, que será na cidade de Palmas, em Tocantins.
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Luciana Oliveira Pereira – Gecom/ CREA-MT