O setor mineral do Estado de Mato Grosso
24 de fevereiro de 2015, às 18h40 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
O Estado de Mato–Grosso, hoje considerado destaque nacional no setor do agronegócio, até bem poucas décadas atrás era reconhecido por outras riquezas como o ouro e diamante.
A mineração, que foi a primeira atividade geradora de divisas para Mato Grosso, fundadora de cidades, alicerce econômico e geradora de empregos hoje busca novo modelo de atuação, voltada principalmente para atender as novas demandas criadas com projetos direcionados para desenvolvimento da agricultura, construção civil e indústria de transformação, dentro de padrões de sustentabilidade econômica, social e ambiental.
O Estado é grande importador de insumos agrícolas (fósforo, potássio, nitrogênio, enxofre), de rochas ornamentais (granitos, mármores, etc), de produtos cerâmicos (pisos, azulejos, vasos sanitários, pias, etc) e de diversas commodities minerais, mas já é auto-suficiente na produção de água mineral, calcários corretivos (o maior do Brasil), cimento entre outros.
Mato Grosso, tem potencial mineral para bloquear depósitos economicamente viáveis dos bens minerais acima citados, carecendo para isso de mapeamentos geológicos básicos e de detalhe, que viabilizem a diversificação da produção industrial do Estado, hoje totalmente dependente de quatro setores primários ligados ao agronegócio (soja, milho, algodão e gado) e do setor terciário.
Nas ultimas duas décadas, grandes depósitos minerais foram e estão sendo descobertos no Estado, a exemplo do deposito de Zinco de Aripuanã, (um dos maiores do Brasil), deposito de Níquel em Comodoro, depósitos de ferro em Juína e Cocalinho, depósitos de manganês em Juara e Guiratinga, depósitos de fosfato em Mirassol D´Oeste, Cáceres e Planalto da Serra, depósitos de Rochas Ornamentais em varias partes do estado, entre outros.
No setor de Geoturismo, destacam-se: o Cinturão Geotermal que abrange os municípios de Santo Antônio do Leverger (Serra de São Vicente), Jaciara, Juscimeira, São Pedro da Cipa, Poxoréu, General Carneiro e Barra do Garças; o Domo de Araguainha – Ponte Branca (maior Cratera de Impacto de Meteoritos da América Latina); o Sitio Pedra Preta (Paranaita) e as Cachoeiras e Cavernas da região de Chapada dos Guimarães, etc. Estes sítios precisam ser melhores estudados e divulgados no âmbito estadual, nacional e internacional, para incrementar o turismo em Mato Grosso.
Na presente edição, apresentamos uma reportagem com técnicos da Companhia Matogrossense de Mineração- METAMAT sobre as potencialidades minerais do Estado, seus impactos econômicos, as possibilidades de geração de emprego e renda, inclusive nas áreas afins do setor, ligadas ao ramo de engenharia, tais como florestal, agronômica, de minas, de produção e técnicos em agrimensura, mecânica, geologia e mineração entre outros.