Engenheiro de Controle e Automação, Marlon Guliani, fala de sua formação e atuação profissional
27 de novembro de 2017, às 8h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
O engenheiro de Controle e Automação Marlon Guliani, tem 35 anos, nasceu na cidade de Concórdia (SC), mas veio para o Mato Grosso em 2010, atraído por uma oportunidade de trabalho em um abatedouro frigorífico. O profissional, que reside em Nova Mutum, conta um pouco de sua formação e atuação profissional, destacando que desde criança sempre foi entusiasta por desmontar e arrumar tudo o que podia, principalmente aparelhos eletrônicos.
1- Onde e quando se formou e, o que lhe motivou a fazer o curso de Engenharia de Controle e Automação?
Me formei em 2009 em Engenharia de Controle e Automação, no Centro Universitário Católico Salesiano de Araçatuba, em São Paulo. Escolhi este curso por ser uma continuação de minha formação técnica, eu ingressei na área durante o colegial no curso técnico de Mecânica, no Senai de Concórdia (SC). Posteriormente conclui Eletrotécnica, na cidade de Andradina (SP), onde também ingressei na vida profissional em um frigorífico. Após minha formatura, recebi o convite de um amigo para prestar vestibular para o curso de Engenharia de Automação e Controle, em Araçatuba, passei e mudei para a cidade para então prosseguir minha formação superior. Hoje sou formado em engenharia de Automação e Controle e possuo pós-graduação em Segurança do Trabalho.
2- Qual sua área de atuação hoje?
Durante um período trabalhei com automação, programação e assistência técnica de máquinas e equipamentos, mas atualmente trabalho em um frigorífico de abate de aves, em Nova Mutum, na parte de gestão da NR-13 (Norma regulamentadora de vasos sob de pressão). Atuo no planejamento das ações, a fim de estabelecer requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações, inspeção, operação e manutenção, visando à segurança e à saúde dos trabalhadores. Também confecciono laudos de apreciação de risco da NR-12, (Norma regulamentadora de máquinas e equipamentos), sou responsável técnico pelo setor de caldeiras e presto um serviço de assistência regional nas outras unidades, voltado a gestão das normas. O diploma de Engenheiro é uma janela para inúmeras possibilidades de atuação.
3- Quais foram as maiores dificuldades encontradas no mercado de trabalho?
Como eu vim de uma base técnica inicial desde bem cedo, isso ajudou muito e não tive dificuldade de ingressar no mercado de trabalho. Na época, o investimento de profissionais tanto na formação técnica como na engenharia era tímido, faltavam profissionais. Mas ainda hoje é baixo o número de pessoas com experiência e capacitação nessas áreas e poucos se destacam. Por isso, atualmente, as grandes organizações carecem ainda de profissionais, técnicos e líderes para conduzir seus projetos de engenharia.
4- Como você vê, como engenheiro registrado e habilitado, a participação num Conselho?
Vejo o CREA como um órgão que representa e fiscaliza os profissionais, de forma clara e transparente, trazendo benefícios a sociedade diante não só da prática da fiscalização das atividades, como também ajudando a todas as classes de engenharia e claro, no desempenho de nossas funções.
5–Para finalizar, qual recado você gostaria de deixar aos graduandos que estão terminando o curso e vestibulandos que pretendem cursar Engenharia de Controle e Automação?
Um dos fatores que quase todas as pessoas levam em conta na hora de escolher uma faculdade ou profissão é se a área dá ou não dinheiro, se é possível viver bem com a média salarial. Também consideram se há muitas oportunidades e vagas. Escolher apenas por dinheiro geralmente não é uma boa. O fator salário, remuneração, tem que ser levado em conta, porém, não de forma exclusiva. Temos que desenvolver a ideia de que tudo dará certo, de que mesmo não ganhando “rios de dinheiro”, seremos felizes na profissão. Lute pelos sonhos, busque seus objetivos e batalhe pelos seus ideais.