Presidente e conselheiros do Crea-MT participam de Congresso Brasileiro de Agronomia no RJ
21 de agosto de 2019, às 11h49 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), João Pedro valente e uma comitiva de conselheiros do Regional Mato-grossense, participaram da abertura do Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA-2019), realizada terça-feira, 20 de agosto no Estado do Rio de Janeiro. O evento que é promovido pela Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab) e organizado pela Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado do Rio de Janeiro (AEARJ), discutirá até sexta-feira, 23 de agosto sobre “o Brasil nos próximos 30 anos”.
Para o presidente do Crea Mato Grosso, João Pedro Valente cerca de mil engenheiros agrônomos de todo Brasil em pleno exercício de suas atividades estão participando e debatendo as principais questões de uma das maiores atividades econômicas do país, que emprega milhões de profissionais envolvidos na cadeia produtiva do agronegócio brasileiro.
“ O Conselho sempre está presente em encontros de grande plenitude. O evento vem ao encontro dos profissionais registrados no Sistema Confea/Crea e Mútua. Vale ressaltar que Mato Grosso é um dos maiores produtores de grãos do país, diante desses números, o Regional Mato-grossense é um importante parceiro das atividades realizadas no campo. O recolhimento da Anotação de Responsabilidade Técnica, como instrumento de fiscalização do exercício profissional, ajuda a promover o crescimento do agronegócio com estabilidade, segurança, confiança e força, para revelar ótimos resultados no ranking nacional ”, disse o presidente do Crea-MT, João Pedro Valente.
Além do presidente do Regional Mato-grossense, João Pedro Valente, a comitiva do Crea-MT no CBA -2019 é composta por sete conselheiros, membros da Câmara Especializada de Agronomia: Walter Buzatti, Fernando Paim, Clóvis Knabben, Clóvis Albuquerque, José Renato Perinete , Cláudio Terzi e Luiz Vargas.
O presidente Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado do Rio de Janeiro (AEARJ), Leonel Rocha Lima, aponta como foco os desafios dos próximos 30 anos, 2020 a 2050. “Os últimos 30 anos no Brasil foram excelentes para a agronomia brasileira”, destaca Leonel Rocha Lima, quando a agricultura bateu recordes na produção de alimentos, gerando riqueza no campo, que propiciou o surgimento de novas regiões produtoras.
Ainda segundo Leonel, os próximos 30 anos serão um desafio para o Brasil não perder a oportunidade de aumentar esta marca, se souber aproveitar as chances que virão com os novos acordos comerciais internacionais, entre os blocos econômicos, como o Mercosul, a União Europeia e a Ásia. Ele declarou que o agronegócio enfrenta dificuldades porque o Brasil tem alta carga tributária e uma carência muito grande, tanto de estradas e portos para o escoamento das safras, quanto de financiamento da produção e de seguro das safras.
São convidados especiais dois ex-ministros de Estado da Agricultura, Alyson Paulinelli que na década de 70 criou a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, reconhecida internacionalmente pela sua excelência e credibilidade. O outro ex-ministro da Agricultura é Roberto Rodrigues, que apresentará o programa “Agro é Paz” , segundo ele, onde há fome a paz não pode existir.
O evento foi aberto no Theatro Municipal, pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que já declarou ser um entusiasta da agricultura, com discussões científicas e os painéis. “ O Brasil fecha a safra 2018/2019 com a produção de 240,7 milhões de toneladas com um valor bruto de 600 bilhões de reais. Em 10 anos, projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nos dizem que, em apenas 1/3 desse tempo ou 10 anos, chegaremos às 350 milhões de toneladas”, enfatizou o presidente da AEA do Rio de Janeiro.
Na visão do jornalista especializado no setor, José Luiz Tejon, um dos palestrantes no CBA- 2019, esta produção pode chegar em 400 milhões de toneladas nesse mesmo período de 10 anos, com o detalhe de não ultrapassar 100 milhões de hectares, com culturas anuais e perenes, mantendo as produtividades atuais, ou 12% da superfície do pais. A ação da agronomia promoverá um significativo aumento da produtividade das principais culturas e, a exigência de terra será inferior a 80 milhões de hectares, ou 10% da área total do país, de 850 milhões de hectares.
Os engenheiros agrônomos lembram que toda essa área já está disponível para reinserção ao processo produtivo, pela recuperação de pastagens degradadas e com baixa capacidade de suporte, ou seja, a baixa população de animais por hectare. O aumento dessa capacidade colocará à disposição mais de 10 milhões de hectares para a produção de grãos, fibras, biocombustíveis e matérias primas.
Cristina Cavaleiro/Equipe de Comunicação do Crea-MT com dados da Associação dos Engenheiros Agrônomos do RJ