Veja como uma obra pode ser moderna, segura e ao mesmo tempo sustentável
26 de junho de 2012, às 15h04 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Atender plenamente as necessidades humanas ao mesmo tempo que torna a construção civil uma atividade menos impactante no meio ambiente, é o conceito de projetos inovadores como do empreendimento que está sendo construído no Bosque da Saúde em Cuiabá, conhecido como Padaria do Moinho.
A construção com três mil metros quadrados abrigará um complexo compostos por restaurante, lanchonete, panificadora, mercado, uma mini-indústria de moagem de trigo, além de um espaço especial climatizado, onde a temperatura média estará a 5ºC durante todo o ano, para atender gostos exigentes e sofisticados, como apreciar um bom vinho como se estivesse na Europa, em pleno calor de Cuiabá. “As obras conscientes possuem um custo mais elevado, é verdade, mas já há soluções para tudo: para que a obra polua menos e para que haja mais eficiência energética, que é uma tendencia mundial e recíproca, pois o cliente também se preocupa se estarei poluindo o meio ambiente e ele preferirá estar em um ambiente amigo da natureza.”, explicou o proprietário Anésio Kokura.
Para alcançar o conceito de sustentabilidade, o empresário atenta para todas as normas e exigências legais. De acordo com o empresário, todos os profissionais que passaram pela obra estão devidamente regularizados junto aos órgãos de fiscalização, toda os documentos, alvarás e licenças foram providenciados e regularizados, as normas de acessibilidades foram todas respeitadas e os materiais empregados na obra buscam eficiência energética e não agredir o meio ambiente.
Kokura aponta algumas das tecnologias empregadas, como o sistema de ar condicionado que não utiliza o CFC (clorofluorcarbono), além de gerar uma economia de mais 50% em relação aos sistemas convencionais; o telhado feito de resíduos de asfalto e pedras semipreciosas brasileiras, que não agride o meio ambiente e o revestimento externo em PVC (policloreto de vinil) que reflete o calor, não deixando o ambiente interno aquecer. “Provavelmente a nossa obra é a maior no Brasil em utilização de PVC. Todas as paredes são revestidas externamente com PVC, que é um material que nunca precisará de pintura, além de proteger termicamente a obra, não haverá infiltrações, nem rachaduras ou fissuras causadas pela dilatação, além da beleza por assemelhar-se a madeira.”
Outro objetivo, segundo o empresário, é atender as necessidades do empreendimento com o máximo de eficiência energética. ” Nos temos o único gerador eólico do Estado de Mato Grosso, que será responsável por parte da energia que consumiremos no espaço climatizado e na iluminação que será toda de LED (Light Emitting Diode), que são equipamentos de baixa potência e muita eficiência energética. Nós também utilizaremos muita troca de calor com o sistema de ar condicionado para auxiliar nas cozinhas e possibilitar ainda mais a economia de energia.”
A segurança também foi contemplada com equipamentos que colaboram com o meio ambiente. Toda a fiação elétrica é em cabo notox, que não produz fumaça tóxica em caso de incêndio e as colas não utilizam solvente, ou seja, são a base de água e por isso não comprometem a saúde do aplicador. Outra novidade é o uso do forro de fibra mineral que não deixa as chamas de um possível incêndio se propagar.
O empresário também enfatiza o uso de madeiramento, que apesar de pouco, é de origem limpa. “As madeiras utilizadas na obra são de reflorestamento, que dispensam a aplicação de tintas, garantem uma ótima estética e possui maior durabilidade, ou sobras de laminadoras de madeiras nobres que seriam incineradas ou jogadas no lixo.”
Ao idealizar esse empreendimento Kokura buscou recursos para implementar todas as soluções tecnológicas que estivessem ao alcance da construção civil, para que a sua obra se tornasse um marco para o Estado de Mato Grosso. A sua pretensão é realizar uma obra 100% ambientalmente correta que após cinco anos e R$ 6 milhões está se materializando.
*Josemara Zago
Gecom/ Crea-MT