Movimento Pró-Logístico prevê redução significativa de frete até 2015

16 de maio de 2012, às 17h20 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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No dia 14 de maio, o diretor da Aprosoja e coordenador executivo do Movimento Pró-logístico, Edeon Vaz Ferreira, participou da Sessão Plenária do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), aonde pôde expor a atual situação do projeto iniciado em 2009, por nove entidades, dentre os quais o Crea-MT, a Aprosoja, a Famato, a AMM e outros, com o objetivo de reduzir os custos do frete para o Mato Grosso, melhorar a logística para o escoamento da produção do Estado e aumentar a competitividade do produto mato-grossense.

Na oportunidade Edeon fez um breve comparativo entre os modais de transportes utilizados para o escoamento da produção no Brasil, Argentina e Estados Unidos. “A matriz utilizada para transporte no Brasil está errada. O transporte hidroviário é 70% mais barato que o rodoviário e o Mato Grosso possui quatro grandes rios como o Teles Pires/Tapajós, Juruena/Tapajós, Paraguai/Paraná e o Araguaia que devem ser explorados, para tornar o transporte do Mato Grosso o mais barato do país”.

De acordo com o levantamento do Movimento, levando-se em conta a distância média até os Portos, enquanto o Brasil transporta 11% da sua produção através de hidrovias contra 53% por rodovias, os Estados Unidos transporta 60% por meio de hidrovias e apenas 5% da produção através das rodovias. Comparando ainda os gastos com frete entre os Estados de Mato Grosso e Paraná, Edeon também demonstrou que enquanto o Mato Grosso gasta U$ 130,00 por tonelada com frente o Paraná gasta U$ 38,00. “O Mato Grosso fica longe de tudo e consequentemente recebe e entrega tudo a uma valor mais caro”.

O Movimento Pró-logístico passou a articular seis grandes obras que virão a reduzir os custos com o frente: a conclusão da BR 163 até Santarém; a conclusão da BR 158 até a divisa do Estado do Pará; a implantação da BR 242, ligando Ribeirão Cascalheira, na BR 158 até Sorriso, na BR 163; a implantação da BR 080, ligando Ribeirão Cascalheira a Luiz Alves, em Goiás, que irá reduzir consideravelmente o trajeto até a Rodovia Norte/Sul; a implantação da FIC – Ferrovia de Integração Centro-Oeste; e a viabilização da hidrovia Téles Pires/ Tapajós em face do equilíbrio dos modais. “A nossa previsão é que em 2014, o Mato Grosso transportará seis milhões de toneladas de grãos, o que equivale a 150 mil bitrens”.

Após apresentar um resumo do andamento de cada uma dessas obras, o palestrante afirmou que até 2015 todas já estarão entregues e justificou a necesse “Hoje os principais Portos utilizados pelo Mato Grosso são o de Santos, Paranaguá e Vitória, que ficam localizados no Sul e Sudeste do país, enquanto deveríamos utilizar os Portos do Arco Norte: Porto Velho, Santarém, Itacoatiara, Santana, Vila do Conde, Outeiro e Itaqui, o que reduzirá o frete de U$ 130,00 por tonelada para R$ 140,00 para levar a produção pela BR 163 até Miritituba (PA).Vamos ter uma redução na faixa dos 35% só com a BR 163.”

Para o Movimento, com a realização dessas obras ganham o setor produtivo, a sociedade em geral e também região Sul e Sudoeste que vai deixar de receber essa carga do Mato Grosso, que aumenta a competitividade e causa o atraso dos navios.

*Josemara Zago
Gecom/Crea-MT