Engenheiros recebem curso de Avaliações de Imóveis Rurais para Implantação de Ferrovias
7 de agosto de 2023, às 16h46 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) apoiou o Curso Avaliação de Imóveis Rurais para Implantação de Ferrovias realizado pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape-MT) e a Associação Mato-Grossense dos Engenheiros Florestais (AMEF) nos dias 04 e 05 de agosto, no Auditório da Estação de Tratamento de Água Central da Águas Cuiabá.
O Eng. Agrônomo Lucas Wilson Caixeta Soares, Especialista em Auditoria, Avaliações e Perícias de Engenharia ministrou o curso e ressaltou a importância do estudo dessa modalidade de avaliação específica. “É necessário ter o conhecimento de alguns parâmetros e critérios que são aplicados apenas nesse tipo de desapropriação, que em sua maioria são parciais e o valor a ser indenizado é para uma fração de um imóvel e que geralmente fica dividido em duas ou mais partes acarretando algumas situações fora do cotidiano da avaliação comum, obrigando aos profissionais desenvolverem algumas técnicas e outros critérios para se adequar e moldar os seus laudos àqueles casos ao decorrer das atividades”, explicou o engenheiro.
O objetivo é instruir os profissionais da engenharia acerca das características dos empreendimentos ferroviários, quanto a sua implementação apresentando as especificidades para assim poder desenvolver melhor laudos de avaliação e poder encontrar um valor justo de mercado para indenizar as desapropriações.
O presidente do Crea-MT, Juares Samaniego, ressaltou a relevância do tema para o cenário atual, inclusive com a previsão de implantação dos trilhos em Mato Grosso. “Com isso existe uma grande área para ser desapropriada e a avaliação de imóveis é um processo necessário no desenvolvimento deste trabalho. Se esses planejamentos se concretizarem, haverá mais oportunidades para a atividade e quem adquirir o conhecimento vai sair na frente”, completou.
O membro da Amef, Eng. florestal, Benedito Carlos de Almeida parabenizou a viabilização do curso e destacou a dimensão do caminho de ferro no estado, com mais de 300 km de extensão, cortando aproximadamente 16 municípios, que contará com uma demanda grande de estudos de avaliação. “O aprendizado foi fundamental para quem pretende trabalhar nessa área e vem de encontro com o que está sendo concretizado, além de oportunizar para os profissionais do Sistema realizar o serviço que irá surgir com essa implementação” disse Benedito.
Para o presidente do Ibape, o Eng. eletricista Ivan Corrêa Gonçalves, esse é um tema que deverá ser aproveitado pelos profissionais, apesar de ser pouco explorado e observado no campo de atuação pois tem uma finalidade mais específica e difícil de encontrar. Ainda para ele no momento a expectativa é de um mercado promissor para os profissionais do sistema Confea/Crea-MT, tendo em vista o crescimento da logística chegando ao estado.
Segundo Cícero Ramos, engenheiro florestal e coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Florestal (CEEF) do Crea-MT, as ferrovias já chegaram a Mato Grosso. “Desta realidade já consolidada, temos, como exemplo, a autorização para implantação do trecho de 71 km no município de Rondonópolis-MT. O curso trouxe um norte para os participantes, pois promoveu uma ampla discussão sobre o assunto abordado e todo debate permite a aplicação da boa engenharia”, pontuou Cícero.
Durante o primeiro dia foi apresentado um conteúdo mais teórico, relacionado às legislações, critérios técnicos da Norma Brasileira de Avaliação de Bens (NBR 14653) para redação dos laudos, as perspectivas de faixas de domínio e como se apresentam dentro das propriedades, casos práticos de avaliações e quais tecnologias melhor se adequa a produção de cada laudo. Já no segundo dia, em uma perspectiva mais prática, foi trabalhado o conteúdo teórico, aplicando critérios e métodos mais comuns desse tipo de avaliação.
O evento também contou com o apoio da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea de Mato Grosso(Mútua-MT), representada pelo diretor financeiro, eng. civil Silvano Pohl Moreira de Castilho Junior, que apresentou sobre os benefícios proporcionados pela instituição, conhecida como “braço social “ do Sistema.
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Texto: Ana Frutuoso (Com a supervisão de Cristina Cavaleiro) Fotos: Igor Bastos e Rennan Kawahara