Crea-MT presente em palestra do James Webb às mudanças climáticas conduzida por engenheira da Nasa

14 de agosto de 2023, às 16h46 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Compartilhar esta notícia

O conselheiro da Câmara Especializada de Engenharia Florestal do Crea Mato Grosso, eng. florestal André Baby participou de palestra: “ Sobre Mudanças Climáticas”, ministrada por engenheira Aprille Jay Ericsson da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), durante 78° Soea no Rio Grande do Sul.

“A engenharia é realmente uma ciência incrível, solucionando problemas na terra, na água e no espaço. A Dra. Aprille nos deu exemplo de persistência, coragem e sucesso. Sua trajetória é linda e nos inspirou a sermos melhores sempre ”, disse o conselheiro.

O presidente do Crea-MT, eng. civil Juares Samaniego, detalhou que é de grande relevância proporcionar encontros com palestra dessa modalidade aos profissionais do Sistema Mato-grossense, tanto que a profissional é a primeira afro-americana a obter o título de PHD em Engenharia Mecânica pela Nasa, entre outras formações e pioneirismos.

Na oportunidade ela compartilhou sua experiência, repetindo, pela primeira vez no país, uma rotina que tem vivenciado em outras partes do mundo além de falar sobre o nosso planeta e outros astros do universo.“Gostaria de passar uma mensagem de quão importante é essa atividade para convidar a juventude. Sempre trazemos a juventude e eles aprendem muito. Empoderamos a juventude. Sou parte da Sociedade de Engenheiros Negros dos Estados Unidos que tem 15 mil engenheiros negros na sua convenção. Temos o capítulo Júnior e o capítulo Profissionais. Nós engenheiros ajudamos a ser os mentores. Convido vocês a envolverem os jovens e as crianças nas suas atividades”, conclamou.

Com a experiência de haver trabalhado em todas as fases de uma missão espacial, Aprille apresentou algumas dessas etapas de sua atuação profissional, em torno de ferramentas como mapas artificiais, ou o telescópio James Webb, que levou 28 anos para ser construído e possibilita compreender a origem e a expansão do universo, desde seu lançamento em 25 de dezembro de 2021.

Aprille participou também da equipe para a recente missão da Nasa a Marte. “Sabemos que nosso local na sociedade, o propósito do engenheiro, é muito grande”, disse, apresentando um histórico das atividades da Nasa. “Quando iniciamos, com John Kennedy, enfrentamos os riscos. Se quiser fazer inovação, você tem que estar disposto a falhar e a assumir riscos. Sabemos que pode ser muito perigoso, mas é importante como você responde às falhas e torna tudo mais seguro”, disse, apresentando os centros de atividades da Nasa.

Em seguida, Aprille aprofundou as informações sobre as pesquisas desenvolvidas pela Nasa, muito além dos foguetes, em torno de veículos não tripulados, satélites e balões meteorológicos. “Trabalhei em tantas áreas e diferentes plataformas. Algo que nem sempre menciono são as pesquisas em pequenos e médios negócios que podem resolver lacunas tecnológicas que temos”, comentou.

Entre essas pesquisas, mencionou também a importância das investigações desenvolvidas pela Agência Espacial Norte-Americana sobre o aquecimento global e a mudança climática. “Trabalhei nas missões de instrumentação. E tive interesse em trabalhar na pesquisa do ciclo de carbono. Esse é meu último trabalho, o ICE Sat-2, uma missão de 1 bilhão de dólares, em que eu tinha 500 milhões de dólares de instrumentação”. Ela conta que quando viu o homem pisar na lua, desejou estudar e talvez até viajar para o nosso satélite natural.

Texo: Ana Frutuoso (com a supervisão de Cristina Cavaleiro), com informações do Confea / Fotos:  Stúdio Feijão & Lentilha e Igor Bastos