Crea marca presença em debate internacional em Gramado
22 de agosto de 2023, às 14h55 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT) esteve presente no debate sobre os desafios e oportunidades das Engenharias, Agronomia e Geociências nos países de língua portuguesa entre as lideranças de Angola, Moçambique e Portugal durante a 78ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), em Gramado (RS).
O coordenador adjunto da Comissão de Ética do Crea-MT, eng. civil Darci Lovato avaliou como importante a participação destacando que a ideia é abrir espaço de mercado para os en para abrir espaço de mercado para os engenheiros e também oportunizar os profissionais brasileiros o aperfeiçoamento fora do país.
“No estande da Ordem dos Engenheiros de Portugal (OEP) por exemplo, foram apresentadas mais de 300 oportunidades para os brasileiros interessados em um novo projeto de carreira e os recém-formados também puderam conhecer os detalhes sobre o Grupo de Jovens Engenheiros (GJE) promovendo uma rede de networking”, completou Darci.
O primeiro painelista, o vice-presidente da Ordem dos Engenheiros de Portugal (OEP), eng. Jorge Liça, apresentou em linhas gerais a missão da entidade que foi criada em 1936 e cuja competência é atribuir o título profissional de engenheiros. Ao falar do tema principal do encontro, Liça provocou os profissionais a construir noções suficientes do ponto de vista da infraestrutura e tecnologia da informação e comunicação.
“Devemos estar atentos à questão do saber e do conhecimento”, sugestionou, elucidando o conceito de soberania tecnológica proferido pela presidente da Comissão Europeia Úrsula von der Leyen, em 2020. “Soberania tecnológica descreve a capacidade de um … (país) … deve ter para fazer as suas próprias escolhas, com base nos seus próprios valores e respeitando as suas próprias regras. Isto é o que nos ajuda a ser tecnologicamente mais otimistas”, citou.
Representando a Ordem de Engenheiros de Moçambique,o bastonário eng. Feliciano Dias, salientou que o país africano enfrenta problemas de escassez de pessoal técnico qualificado e tem potencial para agricultura e construção de infraestrutura e dispõe de recursos naturais para alavancar o progresso.
“Produção em larga escala de culturas de alto valor comercial, adoção de práticas agrícolas sustentáveis, melhoramento de laboratórios e mitigação de impactos climáticos são algumas oportunidades em que os engenheiros podem atuar”, pontuou.
Prestigiando o encontro, o presidente da Federação Mundial de Organizações de Engenharia (Fmoi), eng. José Vieira, elogiou o intercâmbio de experiências entre as entidades. “Sempre tentei que nossos colegas de países de língua portuguesa estivessem inseridos na família global da Engenharia; por isso, ver este painel é uma satisfação enorme”, comentou.
Aos representantes das Ordens de Engenheiros, Vieira sugeriu fortalecer a cooperação. “Neste meu mandato fazemos questão de ter contato com a Organização das Nações Unidas, principalmente nos segmentos de água, agricultura e telecomunicações. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a FAO, por exemplo, quer firmar parceria com entidades de Engenharia para desenvolver o segmento agrícola na África. Essa iniciativa pode gerar progresso para os países de língua portuguesa”, incentivou a liderança.
Texto: Ana Frutuoso (com a supervisão de Cristina Cavaleiro), com informações do Confea. Fotos: Cristina Cavaleiro, Studio Feijão e Lentilha e Marck Castro/Confea