Geoclube realizou curso de Geofísica para aterros sanitários
3 de outubro de 2016, às 14h24 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
A Associação dos Geólogos de Cuiabá (Geoclube) realizou o Curso de Geofísica para aterros sanitários, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), as aulas foram dias 03 e 04 de outubro.
As aulas foram ministradas pela professora Doutora Lena Barata que é graduada em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas, mestre em Geofísica pela Universidade Federal do Pará e doutora em Geociências pela Universidade de São Paulo.
Conforme a professora foram tratados diversos assuntos ligados a despejo de todos os tipos de lixos em aterros sanitários, a má utilização e falta de separação destes detritos, “em praticamente todo o brasil toneladas de resíduos sólidos que são descartadas diariamente, sem nenhum tipo de tratamento, então através desta curso, desta palestras nós levamos um trabalho de conscientização para todos, tanto profissionais como para a sociedade em geral”, conta a doutora Lena.
A professora vem realizando um trabalho de mapeamento da contaminação vinculada aos aterros sanitários no estado de Roraima e segundo ela, este despejo indevido está contaminando e poluindo os mananciais hídricos e superfícies subterrâneos.
Conforme ela, os impactos ao meio ambiente decorrentes das irregularidades encontradas nos aterros ainda não são visíveis. “A contaminação em si em que os aterros estão produzindo é invisível. Mas o que podemos ver são pessoas catando e vivendo desse lixo, famílias inteiras morando nos aterros”, disse.
Os impactos ao meio ambiente, a catadores e moradores que convivem próximo ao lixão, de acordo com a especialista, já estão sendo imediatos. “As pessoas que moram próximo a estes locais já estão sendo contaminadas, muitos têm problemas de pele por conta da poluição da água e do ar. Sem contar os catadores que trabalham e até moram no lixão”, afirmou.
A geóloga aponta que é necessário o descarte correto para cada resíduo para que os impactos sejam ao menos minimizados. “O lixo hospitalar, por exemplo, é jogado nestes locais sem nenhum tipo de tratamento, com qualquer pessoa podendo ter acesso. Isso é irregular. Tem que ser feitos depósitos com destino para lixo hospitalar, doméstico, de construção civil, e reciclável” enaltece a palestrante.