Volume entregue de adubo deve crescer 20% em 2007

31 de outubro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Compartilhar esta notícia

Projeção da Agroconsult para a entrega de fertilizantes aos agricultores brasileiros, divulgada ontem, indica aumento de 20% em 2007 em relação ao ano passado, para 24,282 milhões de toneladas. Até o momento, as entregas nas revendedoras do País já alcançam volume recorde de 22,7 milhões t.

A consultoria, especializada em agronegócio, estima que em 2008 a aplicação do produto deve manter níveis recordes, atingindo a marca de 25,539 milhões t, um aumento de 5,2% sobre o volume recorde previsto para este ano. A empresa realizou ontem, em São Paulo, o Seminário Perspectiva Agroconsult para o consumo de fertilizantes no Brasil em 2008.

De acordo com André Pessoa, sócio-diretor da consultoria, o grande desafio da indústria no próximo ano será a questão do suprimento. Segundo ele, a produção nacional deverá atender apenas 41% da demanda. Ele explica que, no caso dos fertilizantes map e sulfato de amônia, a indústria nacional já apresenta esgotamento da capacidade instalada. Por isso, dependerá da importação de nutrientes. O setor, porém, deverá enfrentar competição com países do Hemisfério Norte, sobretudo dos asiáticos, na disputa pelo produto. Com a demanda aquecida, o preço das matérias-primas deve se manter em níveis elevados, como já observado este ano, observa Pessoa.

Na projeção da consultoria, se a sazonalidade de entrega de fertilizantes no Brasil ficar na média histórica de 34% no primeiro semestre e 66% no segundo semestre, o nível dos estoques no fim de 2007 será de 4,092 milhões t, volume suficiente para abastecer o mercado por 87 dias em 2008. “Esse é um nível razoável de estoque de passagem, especialmente se considerarmos que a demanda brasileira em 2008 deve permanecer forte, até mesmo no primeiro semestre, quando o consumo do produto costuma ser menor”, avalia Pessoa.

Segundo ele, é interessante manter esses níveis de estoque, por conta do alto preço do produto no mercado internacional, diante da firme demanda entre países asiáticos. Além disso, a taxa de juros relativamente mais baixa faz com que os custos para carregar esse estoque seja menor do que em anos anteriores.

RANKING – O Brasil é o 4º maior consumidor de fertilizantes do mundo e deve movimentar cerca de R$ 12 bilhões em 2007. Com o aumento da demanda internacional por óleos vegetais, a soja continuará determinando o consumo de fertilizantes no Brasil. Além dela, a cana-de-açúcar e o milho também apresentarão incremento no seu consumo em função de uma maior área de plantio e um aumento no padrão tecnológico de muitas lavouras.

Fonte:Diário de Cuiabá