Paralisações das aeronaves têm como objetivos as manutenções

24 de outubro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

Compartilhar esta notícia

Segundo a BRA, uma das aeronaves foi paralisada para manutenção programada e a outra parou porque um dos seus motores foi atingido por um pássaro e entrou em manutenção não programada.

Para o consultor da área de aviação, Paulo Sampaio, a paralisação das rotas internacionais por falta de aviões é típica de uma empresa falida. “Eles têm 10 aviões e estão voando com apenas metade da frota, o que mostra que a situação está negra”. O consultor ressalta ainda que a situação financeira da companhia não reflete a crise do setor, “mas apenas má administração”.

O consultor de aviação da Bain & Company, André Castellini, avalia, no entanto, que o mau desempenho da BRA reflete sim a situação do mercado, mas somado à má administração. “Dá para ver pelos resultados da TAM e da Gol que este está sendo um ano difícil”. O especialista lembra que por conta do aumento da oferta gerado com a chegada de novos aviões das duas empresas as tarifas aéreas caíram significativamente no primeiro semestre do ano.

“Uma concorrência desse tipo em uma empresa com custos mais altos e pouca capacidade para reduzir preços como a BRA, leva necessariamente a perdas elevadas de dinheiro”.

Além disso, a crise do setor afugentou grande parcela da categoria de passageiros que costuma viajar a lazer ou para visitar amigos e parentes, público-alvo da BRA. O especialista acha difícil avaliar o tamanho da dívida da empresa, mas acredita que seus ativos podem ser de interesse de algum grupo que queira investir no setor. “Eles têm slots, aviões voando, tripulação, malha aérea e um canal de distribuição que podem ser atrativos”.

Fonte:São Paulo/AE