Câmbio provoca perda de R$ 1 bi em vendas externas

24 de outubro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Mato Grosso acumula perda de R$ 1,05 bilhão nas exportações de janeiro a setembro deste ano motivada pela valorização do real frente ao dólar. Nos primeiros nove meses do ano foram embarcados R$ 7,07 bilhões em produtos com o dólar a R$ 1,89, contra os R$ 8,12 bilhões no ano passado, quando a moeda americana valia R$ 2,17, o que gera uma “queda” de 12,9% entre os períodos. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).

De acordo com os números, até setembro o Estado exportou US$ 3,739 bilhões ante os US$ 3,328 bilhões no mesmo período de 2006, incremento de 12,3%. O volume registrado representa 82,2% do verificado em todo o ano de 2006, quando Mato Grosso fechou com US$ 4,333 bilhões. Mesmo faltando três meses para o encerramento de 2007, o gestor de Comércio Exterior da Sicme, Paulo Henrique da Cruz, não acredita que as exportações deste ano ultrapassem as de 2006, isso porque os contratos de venda já estão sendo concluídos, reduzindo a movimentação no último bimestre.

“No final do ano existe uma sazonalidade nas exportações e para termos um resultado bom no final do ano temos que ter grandes percentuais de aumento entre março e agosto”. Sobre a diferença cambial, Cruz afirma que mesmo com a recuperação no preço das commodities, a diferença entre as moedas acaba sendo prejudicial às vendas externas, reduzindo o montante gerado com as negociações com outros países mas que, no entanto, beneficiam as aquisições em outros países.

No acumulado até setembro, o volume importado é de US$ 531,853 milhões este ano, aumento de 86% se comparado aos US$ 285,843 milhões de igual intervalo de 2006. Já na balança comercial estadual, descontando as importações, há um superávit de 5,4% ou US$ 3,208 bilhões, ante os US$ 3,042 bilhões verificados no mesmo período do ano anterior. Na avaliação do gestor da Sicme, o câmbio baixo é bom para as indústrias que querem agregar valor à produção. “Eles têm a oportunidade de beneficiar o produto e vender para outros países por um preço mais elevado, aumentando a competitividade”.

Fonte:Gazeta Digital