Técnico da Sema de Sinop se defende

O analista de meio ambiente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) de Sinop, Marcio Cavalcante, se defende das acusações apontadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) por suposta participação no esquema desvendado pela Operação Guilhotina. Em entrevista exclusiva ao Diário, ele classifica como infundadas as acusações do MPE de que “falseou e omitiu a verdade dos fatos ao relatar em seu parecer de vistoria a existência de placa de identificação do projeto, plaqueteamento das árvores, faixas e picadas obrigatórias, em relação às áreas dos irmãos Walmor e Plácido Brolin, em Feliz Natal”.

Tal relatório de vistoria teria culminado com a liberação de planos de manejo para essas áreas. “Já no meu depoimento, na fase do inquérito policial, pensei que esse problema estava solucionado, haja vista que havia apresentado provas de que o manejo realmente existia, que tinha plaqueteamento na área. Que face ao litígio da área foram arrancadas as borcas do plaqueteamento e que também foi apresentada denúncia protocolizada na Sema informando que o manejo estava sendo descaracterizado”, alega.

Na denúncia do MPE, Marcio é acusado de ter apresentado dados inverídicos, que foram descobertos quando uma nova vistoria foi feita na área, pelo analista de meio ambiente Alex Trindade Machado. “O parecer de Marcio Cavalcante continha dados inverídicos, vez que na área do manejo não havia placas de identificação do projeto, plaqueteamento nas árvores e plaqueteamento nas picadas e nem mesmo as faixas e picadas obrigatórias dos projetos de manejo, levando-nos a conclusão de que não foi feito trabalho de campo pelo responsável técnico do plano de manejo e que o acusado inseriu dados falsos no parecer para propiciar a autorização do plano”, declara o MPE na denúncia.

O acusado afirma que a vistoria foi feita de forma errada, pois o analista não teria experiência suficiente para realizar tal trabalho. “O Alex entrou recentemente na Sema por meio do último concurso e não tem experiência na área florestal de Mato Grosso. Outro ponto que não me deixa concordar com o relatório feito por ele, é que ele já chegou à área em horário bem adiantado e não realizou a vistoria realmente como deveria ter sido feita”, defende-se.

Fonte:Diário de Cuiabá