Experimento atrai pesquisadores de vários países
27 de agosto de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
Tamm-gurrô”. É assim que Jennifer Balch pronuncia o nome da fazenda que a acolhe para desenvolver sua tese de doutorado em Ecologia de Fogo. A senhora Balch é graduada pela Universidade de Yale, e segue o caminho de pessoas dos quatro cantos do mundo, que batem às portas do Experimento de Savanização em Tanguro, distante 50 km do rio Xingu.
Os olhos azuis da senhora Balch estão voltados para o fogo. Outros olhares miram outras áreas. A brasileira Vânia Neu, da USP de Piracicaba (SP), defende tese de doutorado sobre Balanço de Carbono. Universitários e estudantes são figurinhas carimbadas em Tanguro.
O cientista norte-americano Daniel Nepstad, que dirige o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e conduz os experimentos, nem sempre tem agenda para o pessoal que aparece na curva da estrada em busca de dados. Quem o substitui é a ecóloga Gina Knust Cardinot, que trocou o Rio de Janeiro pela Amazônia.
FOGO – O experimento começou em 2004, numa parceria do Grupo André Maggi com o IPAM, com duração prevista para seis anos numa área florestal de 300 hectares. Além do IPAM, também participam do projeto o Woods Hole Research Center (EUA) e as universidades: Federal do Pará, Yale e Stanford (EUA), Federal de Minas Gerais, de Brasília e do Estado de Mato Grosso (Unemat). O custo anual é de US$ 110 mil. Esse montante é financiado pela Nasa, Fundação Nacional de Ciências dos EUA, Fundação Moore (EUA) e Usaid PPG7/CNPQ. O Grupo Maggi investe anualmente em apoio logístico R$ 50 mil, mas não desembolsa para a atividade-fim.
Quando das queimadas controladas Nepstad manda a localização exata e o horário do fogo à Agência Espacial Americana (Nasa). Esse aviso permite que a Nasa calibre seus satélites, porque “na mata de transição nem sempre esse tipo de fogo é captado”, explica o gerente de Meio Ambiente do Grupo André Maggi, Ocimar Villela. (EG)
Fonte:Diário de Cuiabá