Marina Silva cita Rio Madeira como exemplo de avanço no debate com iniciativa privada
24 de agosto de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reuniu na quinta-feira (23) com empresários da indústria de construção civil para discutir desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente. Ela participou do seminário Obstáculos e Soluções para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura, realizado pela Abdib – Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base.
Para a ministra, tanto o governo como a iniciativa privada estão mais preocupados em preservar o meio ambiente. Marina Silva citou como exemplo desse esforço as discussões sobre a construção das usinas do Rio Madeira.
“No início da discussão nós tínhamos um empreendimento que tinha a previsão de um lago oito vezes maior, três empreendimentos e feitura das eclusas para dar perenidade ao rio no processo de navegação”, lembrou a ministra do Meio Ambiente. “Tivemos um intenso debate dentro do governo para reposicionarmos o empreendimento. Naquelas discussões o setor ambiental fazia ver que existiam tecnologias e formas de não fazermos um lago com aquela dimensão.”
Entretanto, portaria publicada no dia 13 mostra que a construção de uma hidrovia no Rio Madeira ainda é uma possibilidade considerada pelo governo como obra complementar às Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Porto Velho (RO). Um dos itens trata da “eventual construção de obras de navegabilidade” no rio.
O presidente da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base, Paulo Godoy, disse que as empresas e o governo devem trabalhar para diminuir os conflitos. “Nós temos dito que boa parte da responsabilidade da conservação do meio ambiente é exatamente das empresas que promovem empreendimentos. Não há nenhum tipo de empreendimento que não tem impacto no meio ambiente, o que nós precisamos fazer é trabalhar para que isso tenha um menor impacto possível”, ressaltou Godoy.
“Se a iniciativa privada se dedicar a promover esse cerco com relação ao meio ambiente, possibilitaremos ao poder público que se dedique cada vez mais com recursos para coibir os empreendimentos irregulares. Acreditamos fielmente que essa responsabilidade do setor privado poderá projetar e disponibilizar mais recursos e todos juntos coibirmos a devastação e as atividades ilegais.”
Fonte:Agência Brasil