Ministério da Agricultura pretende zerar a importação de fertilizantes

23 de agosto de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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O diretor do Departamento de Assuntos Comerciais da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Benedito Rosa, relatou o andamento da proposta do ministério para a redução de importação de dois fertilizantes.

O primeiro, com nitrogênio, fósforo e potássio, tem alíquota de importação de 6%, com nitrogênio mais fósforo, de 4%. Pela proposta o imposto cairia a zero nos dois casos. A medida também isentaria esses produtos de impostos federais como o PIS/PASEP. No último dia 15 (quarta-feira) a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou os indicadores Rurais no Brasil.

Os dados comprovaram os prejuízos acumulados pelos produtores rurais brasileiros nos últimos três anos. Os técnicos da entidade compararam receitas e custos de produtores de soja, milho, trigo, arroz e algodão em algumas regiões. Considerando os custos totais, um sojicultor do Mato Grosso teve um prejuízo de R$ 443 por hectare na safra 2005/2006. No mesmo período, um produtor paranaense obteve uma receita negativa de R$ 262 por hectare de soja.

A análise da evolução dos custos totais de produção demonstra que defensivos e fertilizantes são os maiores responsáveis pelo aumento dos gastos dos produtores. Considerando uma lavoura de soja no Mato Grosso, esses dois insumos representam 42,9% dos custos.

O superintendente técnico da CNA, Ricardo Cotta, destacou os esforços da entidade para reduzir os preços de fertilizantes e defensivos no Brasil. “Entre as ações da CNA estão a busca pela regulamentação do decreto que pretende abrir o mercado brasileiro para registros de equivalência. Na Índia, por exemplo, há mais de 300 empresas de defensivos genéricos”, completa Cotta.

Fonte:TVCA