Cimento está em falta na cesta básica da cosntrução

21 de agosto de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Compartilhar esta notícia

Principal item da cesta básica de materiais de construção, o cimento já está em falta em Mato Grosso há mais de 15 dias. Em Cuiabá e Várzea Grande, as casas de materiais de construção estão com dificuldades para atender os clientes. Muitas lojas estão racionando a venda do produto e outras simplesmente estão com o estoque zerado. E o resultado disso é a queda nas vendas do segmento em cerca de 30%. Lojistas frisam que esta época – marcada pela estiagem – e é considerada o ‘natal’ do segmento.

Segundo a Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac/MT), há mais de uma semana os fornecedores não estão mais atendendo aos pedidos das empresas integralmente. “As entregas são parciais e as cotas deixaram de ser atendidas”, diz o presidente da associação, Antônio de Arruda.

Os empresários acreditam que o desabastecimento foi ocasionado pela paralisação temporária da fábrica da Votorantim em Nobres – 146 quilômetros ao médio norte de Cuiabá – (Cimento Itaú), que foi obrigada a fazer manutenção em seus equipamentos por uma semana. A Votorantim responde por cerca de 70% da produção regional, ficando as outras marcas (Cauê, de Mato Grosso do Sul), Goiás (região de Anápolis-GO) e Ciplan (Brasília) com o restante do mercado. “Se falta o cimento Itaú, as outras [marcas] não dão conta de suprir todo o mercado em função da logística de transporte”, explica Antônio Arruda.

VOTORANTIM – Apesar do mercado se referir à paralisação da planta de grupo Votorantim de Nobres como fator responsável pelo desabastecimento, a holding Votorantim Cimentos explica, por meio de sua assessoria, que a unidade que atende ao Estado, está operando em perfeita condição e, portanto, com regularidade na produção. “No mês passado, a empresa planejou uma interrupção na produção para limpeza e manutenção no forno, procedimento regularmente adotado para manter a qualidade dos produtos”, disse em nota.

Para o Grupo, a escassez do cimento é motivada pela demanda da região. “Atenta às demandas e questões de abastecimento, a Votorantim Cimentos, tem um plano de investimento na região e que estará concluído no próximo ano. A empresa vai expandir a capacidade da fábrica de moagem em Nobres para 330 mil toneladas/ano, com investimentos de R$ 70 milhões, o que vai gerar cerca de 60 novos empregos entre diretos e indiretos na cadeia produtiva local, além de outros impactos positivos na região, como a geração de tributos e a contratação de fornecedores locais. Esta ampliação faz parte de um programa de investimentos em todo o Brasil, que vai gerar até final de 2010 um aumento de 30% de capacidade de produção de cimento no mercado nacional”.

A assessoria conta ainda que, outros investimentos na região Centro-Oeste e Norte, poderão dar suporte às necessidades do Estado. “A Votorantim Cimentos vai inaugurar em setembro uma nova moagem em Barcarena (PA), está reativando uma fábrica em Cocalzinho (GO) e construindo uma nova fábrica em Xambioá (TO), que entrará em operação em 2009, além também de uma nova unidade de argamassa em Goiânia. Ou seja, tudo isto vai atender ao forte crescimento da demanda na construção civil em toda a região Centro-Oeste e Norte do Brasil, especialmente em razão das obras de infra-estrutura”.

Fonte;Diário de Cuiabá