Taxa de crédito bancário reduz para 37,4% ao ano

26 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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A taxa média de juros do crédito bancário caiu para 37% ao ano em junho, ante 37,4% em maio, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. Nas operações de crédito para pessoa física, a taxa média passou de 48,6% para 48,4% ao ano, enquanto para pessoa jurídica o juro caiu de 24,3% para 23,7% ao ano. No acumulado de janeiro a junho, a taxa de juros caiu 2,8 pontos percentuais. No período de 12 meses, a queda acumulada é de 6,2 pontos percentuais.

O spread médio dos empréstimos bancários teve uma redução menor, de apenas 0,1 ponto percentual, passando de 26,2 ponto percentual em maio para 26,1 ponto em junho. Spread é a diferença entre a taxa que o banco paga para captar os recursos e a taxa cobrada no empréstimo ao cliente.

O spread bancário para pessoa física ficou inalterado em 37,7 ponto percentual; para a pessoa jurídica, passou de 12,8 ponto para 12,6 ponto percentual. No ano, o spread médio acumula queda de apenas 1,1 ponto percentual e recuo de 1,9 ponto percentual no período de 12 meses.

Crédito – As operações de crédito do sistema financeiro tiveram em junho aumento de 1,3%, totalizando R$ 799,207 bilhões, ante R$ 788,851 bilhões em maio, de acordo com o BC.

Em relação a dezembro de 2006, o volume de crédito aumentou 9,1%. Em 12 meses, a expansão é de 21,4%. Em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB), o volume de crédito do País subiu de 32,1% para 32,3%.

O chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes, afirmou ontem que há um movimento de retorno das empresas para a captação de crédito no sistema financeiro.

Com base em conversas com as instituições financeiras, Altamir afirmou que, depois da migração de grande parte das empresas para o mercado de capitais no fim de 2006 e início deste ano, agora há um retorno para o crédito bancário, onde há algumas modalidades de financiamento, com taxas “bastante competitivas”, que voltaram a atrair as empresas.

“As taxas mais baixas no crédito para pessoa jurídica estimulam o retorno das empresas ao sistema financeiro”, disse Altamir. “O capital de giro, por exemplo, tem sido bastante demandado”, acrescenta, destacando também o segmento de aquisição de bens, refletindo o aumento nos investimentos.

O volume de operações totais no capital de giro em junho subiu 3 6% e em aquisição de bens, 4,8%. Já os juros das operações com taxas flutuantes nessas duas modalidades tiveram queda no mês passado, ficando em 20,2% no capital de giro (ante 20,7% em maio) e em 16,3% no crédito para aquisição de bens (ante 17,9% no mês anterior).

Fonte:Brasília/AE