Smades embarga obra de casarão no Porto

5 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades) embargou a demolição de uma casa secular no Porto que está prestes a ser tombada como patrimônio histórico. A propriedade ficou parcialmente destruída e terá de ser recuperada. A residência faz parte de um conjunto de mais de 200 imóveis, todos construídos em meados do século 18 e de interesse histórico.

A região do Porto foi uma das primeiras a serem habitadas na Capital devido a importância do rio Cuiabá para a cidade. Por meio dele, chegavam produtos comercializados no município e também embarcações com viajantes. Manter as antigas obras arquitetônicas no bairro é uma das formas de proteger a história do povo cuiabano. “Essa é uma das casas mais antigas dali”, relatou a coordenadora de Patrimônio da Secretaria de Estado de Cultura, Antúlia Leventi.

A denúncia sobre a derrubada da unidade, que fica na praça Maria Ricci, partiu da população do local. Quatro trabalhadores braçais trabalhavam na demolição com o auxílio de uma máquina. A ação só pôde ser impedida porque o dono do imóvel não tinha alvará da prefeitura autorizando a derrubada. O proprietário afirmou aos fiscais da Smades que pretendia fazer no terreno um estabelecimento comercial.

Apesar de não estarem tombadas ainda, as casas já constam no Plano Diretor da Cidade como unidades urbanas prioritárias para revitalização. “Há o interesse total da prefeitura em tombar essa área”, afirmou o secretário municipal de Cultura, Mário Olímpio.

Antúlia afirmou que até o dia 20, as casas históricas do Porto deverão estar com o processo de tombamento concluído, o que está sendo viabilizado desde ano passado. O dono do imóvel foi notificado pela Smades e terá de apresentar um relatório informando o grau de danificação no local por conta da tentativa de demolição.

“O imóvel tem uma identidade e deve ser protegido. Se ele já estivesse tombado, caberia uma multa ao proprietário ou uma sanção, como por exemplo, a reedificação”, disse a coordenadora.

Fonte:Diário de Cuiabá