Estado prepara um novo raio x para checar oferta e a demanda futuras de energia elétrica locais

2 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

Compartilhar esta notícia

O governo estadual, a Cemat e a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) preparam um levantamento para identificar a programação de investimentos para o Estado nos próximos anos e a demanda futura de energia elétrica para dar a retaguarda necessária aos projetos. A intenção é indicar quais as regiões precisam de mais aporte financeiro na área energética, seja na geração ou na transmissão. Apesar de ser exportador desse insumo básico, porque produz mais do que consome, alguns municípios ainda dependem de usinas térmicas, movidas a diesel.

O crescimento econômico acentuado de algumas regiões nem sempre vem acompanhado de investimentos de infra-estrutura adequados. O levantamento está sendo terceirizado e deve demorar pelo menos seis meses para ficar pronto. Segundo o superintendente de Minas e Energia da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), José do Carmo Ferraz Filho, outros parceiros ainda podem aderir ao projeto.

Ferraz descarta qualquer possibilidade de o Estado ser prejudicado por falta de abastecimento de energia, mas acrescenta que, “por precaução, é preciso garantir o funcionamento do sistema em perfeitas condições”. Ele lembra que já no ano passado algumas solicitações de obras foram feitas ao então ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Uma delas foi a linha de 500 kW que liga Itumbiara, em Goiás, a Ribeirãozinho. Hoje, essa linha de transmissão leva energia produzida em Mato Grosso para o Sudeste do país. Mas também pode fazer o inverso, trazer energia caso o Estado não consiga produzir o suficiente para atender ao consumo interno, como aconteceu quando da paralisação da Termelétrica de Cuiabá há algumas semanas.

Outra questão foi a autorização do MME para que a Termelétrica funcione a diesel, em uma eventual situação de emergência onde a usina deixe totalmente de receber o gás da Bolívia. Mas essa possibilidade fica autorizada para ser colocada em prática como último recurso.

Conforme o superintendente da Sicme, as atenções agora se voltam para o Norte do Estado, onde 25 municípios ainda dependem das térmicas para geração de energia, prejudicando possíveis empreendimentos na região.

Fonte:Gazeta Digital