Pará interdita mineradora por desastre ambiental

15 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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A usina de beneficiamento de caulim da mineradora Imerys Rio Capim Caulim, localizada no Distrito Industrial de Vila do Conde, no município de Barcarena, a 75 quilômetros de Belém (PA), foi interditada, na tarde de ontem (14), pela Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará. A Imerys está sendo responsabilizada pelo vazamento, no último domingo, de quase 300 mil metros cúbicos de caulim misturados com água de uma das bacias de terra batida construídas pela empresa para armazenar caulim considerado de pouco valor comercial.

O vazamento atingiu o rio Pará. Estima-se que o total da mistura que alcançou os igarapés do Curuperé e Dendê, na região, possa ter chegado a 60 mil metros cúbicos – o equivalente a 24 piscinas olímpicas. O caulim é um minério argiloso usado na fabricação de papéis e na indústria farmacêutica. Segundo a mineradora, de 80% a 90% do produto que vazou foram contidos. Mas os 20% restantes atingiram, além dos igarapés, as praias de Vila do Conde e do Caripi, onde foram encontrados peixes mortos por técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Barcarena.

O Ministério Público do Estado (MPE) do Pará, através da Coordenadoria do Núcleo de Meio Ambiente, determinou à Promotoria de Meio Ambiente de Barcarena a abertura de inquérito policial e procedimento administrativo para apurar as possíveis responsabilidades civil e penal da empresa, que é acusada de crime ambiental. Por causa do vazamento do caulim, pelo menos 168 pessoas, que vivem no bairro industrial em casas bem ao lado da bacia, foram transferidas pela Defesa Civil para um centro educacional porque havia risco de rompimento da parede da Bacia 3.

Fonte: Agência Estado.