Agropecuária quer recurso para preservar a floresta

4 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O setor agropecuário vem discutindo a viabilidade de criação de um instrumento para remunerar o proprietário rural que manter e preservar áreas de florestas. O procedimento é conhecido como desmatamento evitado e ao Brasil faltam definições sobre qual seria o melhor mecanismo a ser adotado para converter em benefício econômico a conservação destas áreas florestais.

“Somos favoráveis à aprovação de um projeto que estabeleça um mecanismo de compensação financeira pela conservação do patrimônio ambiental. Tudo ainda está em nível de discussão, este é o assunto em pauta no momento e nenhuma questão ainda foi fechada”, diz o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira.

Ele informa que ainda estão em debate muitas teses sugeridas, por exemplo, criar um fundo voluntário com o pagamento de royalties, a conversão em commodities com a emissão de títulos na Bolsa ou a aquisição de cotas de reservas florestais.

“Não sabemos qual seria o melhor mecanismo de remuneração ao produtor, mas temos que pensar num dispositivo que não só remunere o produtor, mas o município e o próprio Estado”. Homero defende ainda que a participação não só fique em nível de discussão do setor público, mas também haja o envolvimento do setor privado.

Conforme explica o assessor técnico da comissão nacional do meio ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Justus de Brito, com o apoio de sindicatos, associações, federações, instituições de pesquisas e técnicos, a CNA vem articulando ações e desenvolvendo algumas idéias para a formatação de um projeto e que proponha ainda algumas mudanças no código florestal. “A idéia é criar um mecanismo de rendimento financeiro para quem manter em pé áreas de florestas e que inclua também o direito de participação de outros países nesta proposta de remuneração”.

Em paralelo a este trabalho de ouvir as bases em diversos órgãos representativos de classe, a CNA aguarda a compilação de uma análise que informe tudo que já existe neste conjunto de estudos sobre conservação ambiental no Brasil.

Fonte:Gazeta Digital