Bolívia quer reduzir volume de gás para Cuiabá

18 de maio de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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O governo boliviano quer reduzir o volume de gás natural enviado para a Usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá). Esse é um dos pontos polêmicos que ainda emperram a assinatura do novo contrato a ser firmado entre a Empresa Pantanal Energia (EPE) e a Yascimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). Mas essa é uma questão “inegociável”, segundo afirma o presidente da EPE, Carlos Baldi. Apesar das pendências, o executivo acredita que o “martelo seja batido” em até 30 dias e confirma que o prazo do fornecimento acordado anteriormente está mantido. A Pantanal possui hoje um contrato firme para receber 2,2 milhões de metros cúbicos (m3) por dia até 2019.

As condições de pagamento também ainda estão em aberto, mas Baldi afirma que não vai comentar sobre os itens contratuais em discussão. O executivo não quis se pronunciar sobre a cláusula quatro, que seria um dos maiores empecilhos para o fechamento do novo contrato. Nesse item ficaria definido que a YPFB não seria multada caso venha interromper o fornecimento para a termelétrica. O presidente da EPE admite apenas que as negociações ainda caminham a passos lentos, mas que mesmo assim já “evoluíram desde o mês passado”. Baldi confirma que o novo valor de US$ 4,20 o milhão de BTU (MBTU) não entrou em vigor na última terça-feira (15). “É preciso lembrar que apenas o novo valor foi acertado entre os dois presidentes (Evo Morales e Lula), mas as condições contratuais ainda terão que ser acertadas”.

Quanto à diminuição do volume de gás natural para a termelétrica, Baldi afirma que essa possibilidade não é negociável nem pela EPE e nem pelo governo brasileiro em relação aos mercados atendidos pela Petrobras. Mato Grosso seria um dos Estados mais penalizados. A Termelétrica de Cuiabá é responsável por cerca de 70% da geração de energia elétrica no mercado mato-grossense. O presidente da EPE informa que esta semana a usina está gerando 240 MWh com 1,2 milhão de m3 e que não teve problema no fornecimento na semana passada quando solicitou 1,8 milhão de m3 para gerar 400 MWh, para atender à solicitação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Fonte:Gazeta Digital