Lula promete revolução na educação, mas evita falar em cifras
24 de abril de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Fonte:Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, no lançamento do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), que a implantação do plano fará seu governo “entrar para a história”. Sem falar em cifras, ele prometeu um aumento “significativo” na verba para a educação pública, o que inclui melhorias na remuneração de professores.
O plano, também chamado de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Educação, estabelece o piso de R$ 850 para os professores de escolas públicas, com ampliação gradual até 2010 aliado à capacitação técnica dos professores em pólos de formação. O presidente afirmou, no entanto, que os problemas educacionais não serão solucionados apenas com recursos financeiros.
“O plano garante um aumento significativo de verba na educação. Mas os problemas do nosso ensino público não se restringem à capacidade de investimento. Existe muita coisa que o dinheiro em si não resolve”, afirmou.
Para o presidente, o PDE inaugura “um novo século da educação do Brasil”. “O século da elite da competência e do saber, e não apenas elite de berço.”
“Se nós implantarmos tudo que anunciamos aqui hoje, nós certamente passaremos para a história com uma geração de políticos que não apenas disse que a juventude era futuro da nação, mas que preparou como legado para a juventude um sistema de educação que finalmente pode colocar o Brasil em pé de igualdade com qualquer país do mundo”, disse.
Lula aproveitou o discurso para criticar a falta de investimento no setor. “O resultado de que o jovem era o futuro da nação a gente vê hoje na televisão: jovens na criminalidade, meninas de 15, 17 anos se prostituindo. Tudo isso porque em algum momento da história não foram feitas as coisas corretas que deveriam ter sido feitas na educação.”
Plano
O PDE prevê ações para a educação básica, fundamental, técnica e de adultos. A prioridade do programa, no entanto, são medidas para o ensino médio e infantil. Um dos pontos é a criação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), uma espécie de ranking do rendimento de alunos, taxas de repetência e evasão escolar.
O plano também prevê a informatização de todas as escolas públicas até 2010 e energia elétrica para escolas que ainda não têm luz até o final do ano que vem. Outra ação prevista pelo governo é dobrar o número de vagas em universidades públicas e a instalação de 150 escolas técnicas em cidades-pólo escolhidas pelo Ministério da Educação.
Segundo mandato
Ao lançar o plano, Lula disse não ter medo de cometer erros em seu segundo mandato. Ele afirmou que, se conseguir cumprir todas as metas previstas pelo PDE, governo vai entrar para a história como o que conseguiu efetivamente preparar o jovem para se tornar o futuro do país.
“Não tenho medo de errar. Se nós implantarmos tudo que anunciamos aqui hoje, nós certamente passaremos para a história com uma geração de políticos que não apenas disse que a juventude era futuro da nação, mas que preparou como legado para a juventude um sistema de educação que finalmente pode colocar o Brasil em pé de igualdade com qualquer país do mundo”, disse.
Lula criticou governos anteriores que, na sua opinião, deixaram de adotar medidas na área de educação. “O resultado de que o jovem era o futuro da nação a gente vê hoje na televisão, jovens na criminalidade, meninas de 15, 17 anos se prostituindo. Tudo isso porque em algum momento da história não foram feitas as coisas corretas que deveriam ter sido feitas na educação.”