CVM entra com ação por uso de informação privilegiada em caso Ipiranga
20 de abril de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
Fonte:Folha Online
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e o Ministério Público Federal ajuizaram uma ação civil de responsabilidade na 15ª Vara Federal do Rio de Janeiro contra os investidores que foram acusados de usar informação privilegiada sobre a aquisição do grupo Ipiranga para lucrar na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
A aquisição do grupo foi anunciada no dia 19 de março –pelo valor de US$ 4 bilhões– por um consórcio formado pelas empresas Petrobras, Braskem e Ultrapar.
A CVM, entidade que regulamenta o mercado de ações, conseguiu bloquear o resultado de operações feitas no mercado antes do anúncio da aquisição e que proporcionaram ganhos considerados “extraordinários” a esses investidores, que não tiveram seus nomes divulgados pela autarquia.
A Petrobras abriu uma sindicância interna para apurar o vazamento de informações, após a divulgação de um gerente da BR Distribuidora teria lucrado R$ 121 mil em menos de uma semana na Bovespa. Ele havia comprado ações ordinárias da Refinaria Ipiranga, em 13 de março, e as revendeu com valorização de 70% no dia 19, quando houve o anúncio oficial da venda do controle acionário da Ipiranga.
Outro investidor que teve a conta bloqueada tornou-se cliente de uma corretora no dia 14 de março e, no dia seguinte, adquiriu ações ordinárias da Refinaria de Petróleo Ipiranga. O investidor vendeu os papéis integralmente na terça-feira, 20 de março, um dia após o anúncio da operação. O total bloqueado é de cerca de R$ 860 mil, e a operação gerou um lucro de cerca de 38%.
Em comunicado ao mercado, a CVM informa ainda que as investigações sobre o uso de informação privilegiada continua em andamento e que deve divulgar “oportunamente” as conclusões.