Governo libera R$ 20 milhões para combater aftosa no MS
17 de abril de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Fonte:Folha Online
O governo liberou, por meio da publicação de uma portaria no Diário Oficial da União, a liberação de R$ 20 milhões para o combate a febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Parte dessa verba será destinada para a indenização dos pecuaristas de Eldorado, Mundo Novo e Japorã, que tiveram 24,8 mil animais abatidos comercialmente em 2007.
A secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, já havia confirmado no início do mês a liberação do montante após audiência com o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo Silva, e o atual ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.
Segundo o superintendente Federal da Agricultura, Orlando Baez, até o final desta semana toda a parte documental das indenizações devem estar concluídas.
“Instalamos uma comissão com técnicos para fazer a avaliação comercial de todo o rebanho abatido para dar agilidade ao processo de indenização dos produtores”, explica Baez. A previsão, segundo ele, e que na próxima semana parte dos 77 produtores sejam ressarcidos.
A Portaria foi assinada pelo ministro Paulo Bernardo Silva (Planejamento) e Bernard Appy, que ocupa o cargo interinamente.
Aftosa
Em dezembro de 2006, após sacrifício de 35 mil animais na região e de inquérito soro-epidemiológico em 69 dos 88 municípios do Estado, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) descartou a circulação do vírus da aftosa.
A notificação de focos de aftosa em Mato Grosso do Sul (onde foram confirmados) e no Paraná, de acordo com avaliação do Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) em novembro do ano passado, causou prejuízos a pecuária nacional avaliados em ao menos US$ 1,7 bilhão devido ao embargo da carne brasileira.
Entenda
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta gado bovino, búfalos, caprinos, ovinos, cervídeos, suínos e outros animais que possuem cascos fendidos –não afeta eqüídeos (cavalos, asnos, mulas), sendo que os seres humanos raramente são infectados pelo vírus. O animal afetado apresenta uma febre alta, que diminui após dois a três dias, e ferimentos (vesículas) nas mucosas e pele.
A febre aftosa não representa impacto direto na saúde pública. Comer carne contaminada pela doença praticamente não traz risco nenhum à saúde humana, segundo o SIC (Serviço de Informação da Carne), mas sem tratamento (vacina) leva animais à morte.