Melhor desempenho da 1ª etapa

12 de abril de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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A primeira etapa da campanha de vacinação contra a aftosa em 2007, realizada no período de 1 de fevereiro a 10 de março, alcançou novo recorde. Levantamento divulgado ontem pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) revela índice 98,40% de cobertura vacinal no Estado, contra 96,06% da etapa realizada no mesmo período de 2006. Ao todo, foram imunizadas 5,10 milhões de cabeças, de um total de 5,19 milhões de animais cadastrados pelo órgão. No ano passado, de um rebanho de 5,49 milhões de cabeças, foram imunizados 5,28 milhões.

“Avaliamos como satisfatório o resultado desta campanha, pois foi este é o maior índice que já alcançamos em uma etapa de fevereiro, apesar dos problemas climáticos que tivemos, quando 31 municípios chegaram a decretar estado de emergência”, avalia o presidente do Indea, Décio Coutinho.

Segundo ele, apenas três regionais – Alta Floresta, Matupá e Barra do Bugres – tiveram redução no índice de vacinação, “mas não chegaram a comprometer o resultado da campanha”. Na regional de Alta Floresta, a cobertura caiu de 99,62% para 98,73%; Matupá recuou de 98,33% para 97,80% e, Barra do Bugres, de 97,70% para 97,45%.

Das 12 regionais do Indea, Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá) foi a que registrou o melhor desempenho, com índice de 99,99% de cobertura, contra 99,71% na etapa de fevereiro de 2006. A seguir, aparecem Cáceres (99,51%), Cuiabá (96,46%), Pontes e Lacerda (99,17%), Juína (99,06%), Alta Floresta (98,73%), São Félix do Araguaia (98,38%), Barra do Garças (98,25%), Rondonópolis (98,01%), Matupá (97,80%), Lucas do Rio Verde (97,58%) e Barra do Bugres, 97,45%.

“A estratégia deu o resultado esperado. Tivemos uma resposta do produtor, que a cada ano vem demonstrando estar mais consciente da sua obrigação em vacinar o rebanho e participar efetivamente das ações de combate e controle da aftosa”, argumenta Coutinho.

Ele disse ser “extremamente importante” a manutenção da parceria com os produtores e demais órgãos envolvidos no trabalho.

Lembrou, entretanto, que ainda há problemas que precisam ser corrigidos para que a campanha atinja um índice mais próximo de 100%.

Segundo Coutinho, em quatro municípios – Nova Ubiratã (regional de Lucas do Rio Verde), Serra Nova Dourada (São Félix do Araguaia), Alto Paraguai (Barra do Bugres) e Sapezal (Pontes e Lacerda) – os índices ficaram abaixo de 90%. Em Serra Nova Dourada, município que esteve em estado de emergência, o índice de cobertura vacinal atingiu apenas 82,56% – o pior desempenho por município – seguido de Alto Paraguai (84,66%), Nova Ubiratã (88,61%) e, Sapezal, 89,66%.

“Esses municípios serão foco de um trabalho mais intensivo que estaremos desenvolvendo nas próximas campanhas. Vamos implementar o trabalho e intensificar as ações para melhorarmos os índices de vacinação nessas localidades”, assegurou Coutinho.

A maior preocupação é com o município de Alto Paraguai, “que possui uma bacia leiteira grande, mas pouco tecnificada. Neste município, o Indea pretende fortalecer a sua presença e desenvolver um trabalho educativo junto aos pecuaristas.

Neste ano, a etapa de fevereiro foi prorrogada e teve seu término revisto de 28 de fevereiro para 10 março. As chuvas intensas no interior do Estado prejudicaram os trabalhos de manejo do rebanho, formado 99% por bezerros ao pé da mãe, ou seja, mais frágeis. O calendário vacinal mato-grossense é composto por três etapas, fevereiro, maio e novembro.

PRÓXIMA CAMPANHA – O presidente do Indea informou que toda a estratégia para a próxima campanha de vacinação, a ser realizada em maio, já está montada pelo órgão. O Indea já encaminhou solicitação de 13 milhões de doses de vacina ao Ministério da Agricultura, para a imunização de um rebanho previsto de 10,6 milhões de animais na faixa etária de zero a 24 meses.

Fonte:Diário de Cuiabá