GDF implode terceira construção irregular na Capital

11 de abril de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Era para ser um shopping, mas terminou como 20 mil toneladas de entulho para pavimentação asfáltica. O relógio marcava 10h05 quando se ouviu o estrondo, seguido de uma gigantesca nuvem de fumaça. Acabava de ir ao chão o prédio de dois andares, 12 metros de altura e uma área construída de 40 mil metros quadrados que, há 18 anos, poluía a paisagem do Lago Norte, na Capital Federal.

A terceira implosão do ano no Distrito Federal aconteceu em apenas cinco segundos. Foram usados 800 quilos de explosivos, distribuídos em mais de 3.400 pontos para implodir as 20 toneladas de aço e concreto. A quantidade maior de explosivos, cerca de quatro vezes mais do que a utilizada nas outras duas implosões, se deve, segundo especialistas, ao fato de a estrutura ser mais leve e ampla, o que impede o peso de contribuir para a implosão.

Cerca de 500 pessoas compareceram ao local para ver de perto o “espetáculo”. Para garantir a segurança, foram mantidas a uma distância de 350 metros do local. Além disso, toda uma área em um raio de 500 metros foi evacuada e o trânsito ficou bloqueado durante meia hora. Ao todo 300 homens do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e agentes da Defesa Civil trabalharam para evitar imprevistos.

Iniciada em 1989, a obra deveria ter sido concluída em apenas 30 meses. O consórcio LPS (grupos Paulo Otávio e Ok), responsável pela construção, alegou que o tamanho da obra projetada impediu sua conclusão. Depois de uma longa briga na Justiça a Terracap, antiga dona do terreno, e o consórcio decidiram fazer um acordo. O LPS arcou com o custo da demolição, cerca de R$350 mil, e garantiu o direito de construir no local um outro shopping. Mas a obra precisa ser concluída em 36 meses.

Crea-DF
Para a Presidente do Crea-DF, eng. civil Lia Sá, a Caenge Ambiental, empresa responsável pela implosão, ao cumprir todas as normas de segurança e ao registrar a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) garantiu não só o sucesso da implosão, mas a segurança dos procedimentos. Ela acredita que as implosões mostram o compromisso do Governo do Distrito Federal em fazer cumprir o Código de Obras e garantir mais qualidade de vida aos cidadãos. “Isso mostra que o nosso Governador, que é engenheiro, está preocupado em fazer cumprir as leis”, enfatizou a presidente.

O entulho gerado pela implosão deverá ser retirado em dois meses por 40 funcionários da Caenge Ambiental, empresa responsável pela implosão. Todo o material será reciclado e utilizado pelo GDF para produzir asfalto e pavimentar ruas no Distrito Federal.

O GDF informou que outras implosões devem acontecer ainda no primeiro semestre de 2007. O objetivo é demolir todas as obras inacabadas e abandonadas do Distrito Federal. Outras duas já foram realizadas: a do esqueleto de um prédio no Lago Sul e a do esqueleto de uma loja de departamento no Setor Comercial Sul da capital.

Fonte:Crea-DF