Tendência é exportação crescer em ritmo menor

22 de março de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Com o dólar mantendo tendência de baixa e o crescente interesse dos investidores pelo etanol e biodiesel, a perspectiva é de que as exportações mato-grossenses de produtos primários continuem crescendo menos em relação aos índices apurados de anos anteriores.

Segundo o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt), Jandir Milan, produtos como soja, algodão, couro, carne e até madeira poderão ser comercializados em maior escala para o mercado interno.

O principal motivo é o câmbio, que está desestimulando os exportadores. Outra razão é a abertura de usinas para produção de etanol e biodiesel no Brasil, que irão demandar um grande consumo de matéria-prima que hoje está sendo exportada para outros países.

“Se o mercado interno pagar mais, os produtores darão preferência por vender seus produtos aqui mesmo [no Brasil]. Além de agregarmos valores à produção e gerarmos mais empregos, vamos incrementar também a arrecadação, já que nas vendas internas os produtos não estão desonerados do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Um dos exemplo citados por Jandir Milan é o couro, cujas exportações tiveram queda de 34,45% no primeiro bimestre do ano. “80% da produção sai em forma de wet-blue (semi-industrializado) e apenas 20% ficam no mercado interno. A tendência é de que os números se invertam por causa dos preços”.

O mesmo pode ocorrer em relação ao algodão, que teve queda de 34,95%, e madeira (crescimento de 39,71%.(MM)
Fonte:Diário de Cuiabá