Participantes do Seminário de Planejamento Estratégico do Crea-ES discutem
15 de março de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Parte integrante da programação do sábado (10/3), do 11º Planejamento
Estratégico Institucional do Crea-ES, a análise de conjuntura feita pelo
professor do Departamento de Arquitetura da Universidade Federal do
Espírito Santo (Ufes), Eng. Civil Roberto Garcia Simões, contribuiu para
elucidar os “Engenhos das Interações entre Globalização, Brasil e Espírito
Santo”.
O professor iniciou sua exposição pontuando fatos recentes da economia
mundial e relacionando-os ao Espírito Santo e à atuação dos profissionais
da área tecnológica como a fusão de grandes mineradoras e indústrias do
setor alimentício; a indústria do café e a possível importação do produto
de países como o Vietnã; a nacionalização da indústria do gás natural
boliviano; a visita do Presidente dos Estados Unidos ao Brasil e o etanol;
entre outras notícias que ganharam repercussão e que interferem diretamente
nas vidas dos capixabas.
Ao falar de globalização, Simões descreveu o turbilhão em que estamos
inseridos. A dificuldade em compreender o espaço-tempo e como a velocidade,
a instantaneidade “on-line”, e as mudanças abruptas nas profissões e
empresas geram incertezas e desconfortos. Com relação às relações
econômicas, merece destaque a crítica feita pelo professor aos Estados
Unidos e países da Europa que reforçam cada vez mais a visão para dentro de
si mesmos. “Isso fica claro em transações comerciais, com suas sobre-taxas
e protecionismos”, disse.
O fechamento de fábricas, nas cidades, e a perda da competitividade de
produtos rurais, no campo, foram dois exemplos apontados, pelo palestrante,
como resultados dos impactos sociais locais decorrentes dos processos
econômicos globais.
O engenheiro Simões salientou ainda a importância dos profissionais
registrados no Crea-ES em espaços de discussão e decisão. “A contribuição a
ser dada pelos profissionais da área tecnológica é fundamental para o
crescimento sustentável do país. Necessitamos de uma preparação em nível
local, afinal muitas empresas que atuam no Espírito Santo estão inseridas
numa lógica transnacional. E isso reflete na vida não só dos trabalhadores
dessas empresas, mas de toda a sociedade”, concluiu.
A indagação provocadora sobre o que podemos fazer localmente, em nossos
bairros ou em nossa rua, para melhorar o mundo para todos, foi o ponto
final da elogiada exposição.
Fonte: Crea-ES