Aumento nos casos de dengue faz governo federal tratar problema como epidemia
1 de março de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
A diretora técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Sônia Brito, disse dia 28 de fevereiro que o governo federal já trata e considera os casos de dengue no Brasil como uma epidemia. Segundo ela, o momento agora é de juntar esforços para controlar o avanço da doença.
“A gente está tratando como se uma epidemia fosse, mesmo que não seja em níveis alarmantes, mas a gente pode considerar. E, assim, todas as iniciativas que temos feito junto ao estado e ao município tem sido para controlar essa situação, em especial em Campo Grande, onde está o maior número de registros”, explica a diretora.
Nos dois primeiros meses deste ano, o número de casos da doença no Brasil aumentou 17% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram confirmados 53 mil casos de dengue, dos quais 52,8 % estão em Campo Grande, capítal do Mato Grosso do Sul (30 mil casos e duas mortes).
Em segundo lugar, vem o Mato Grosso, com 4,3 mil casos, seguido por Minas Gerais, com 3,3 mil, e ainda Paraná e Goiás. Cerca de 64% dos casos estão concentrados na região Centro-Oeste.
De acordo com o Ministério da Saúde, no início do ano, houve um repasse adicional de R$ 326 mil para contratação de agentes de controle de endemias. Campo Grande recebeu um verba extra de R$ 330 mil.
“Fizemos ainda a contratação de um consultor permanente, para dar suporte técnico, além de levar dez carros para fazer ações de controle do vetor e ainda mais equipamentos como carros e motos, e mais inseticida para ajudar os municípios no controle da doença”, afirma a diretora da Secretaria de Vigilância em Saúde.
Ela aconselha a popuplação a usar repelentes de mosquito em regiões de risco, tomar cuidados domiciliares para evitar a infestação e não dificultar a entrada de agentes para aplicação de inseticida nas propriedades.
“Por mais ações que nós façamos, se não houver uma ação conjunta entre estado, município e sociedade, nós jamais conseguiremos os efeitos desejados.”
Fonte: A Voz do Brasil.