Mato Grosso tem as duas cidades mais violentas do país

28 de fevereiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Um estudo divulgado hoje pela Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), chamado “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros”, revelou os dez municípios mais violentos. A campeã é a cidade de Colniza, com apenas12,4 mil habitantes, a noroeste de Cuiabá. Considerada a “capital nacional dos homicídios’, lá o número de homicídios por 100 mil habitantes chegou a 165,3, em 2004. No mesmo ano, a média nacional foi de 27,2 óbitos por 100 mil habitantes.

A segunda colocada, Juruena, teve 137,8 óbitos por 100 mil habitantes com uma população de 6,2 mil habitantes. E a liderança matrogrossense não pára por aí. Das dez cidades mais violentas, quatro estão no estado, sendo São José do Xingu o quinto lugar e Aripuanã o oitavo.

Segue a lista dos campeões amazônicos

A cidade de Tailândia, no Pará, é a sexta colocada em número de mortes por causa violentas. Rondônia, embora não tenha emplacado nenhuma cidade entre as dez mais, é um dos três estados com maior número de municípios violentos, ao lado de Rio de Janeiro e Pernambuco.

Ausência dos governos

O estudo revelou que um conjunto de cidades que equivale a apenas 10% dos 5.560 municípios brasileiros concentrou 71,8% dos homicídios registrados no país, segundo dados de 2004. Isso demonstra que os índices de violência aumentaram sobremaneira no interior do país, enquanto nas grandes capitais estagnaram. Prova disso é que a primeira capital brasileira na lista da violência é Recife, ocupando apenas o 13º lugar.

Especialistas atribuem o quadro à falta de políticas públicas de segurança no interior, especialmente na região amazônica, onde algumas regiões são consideradas “terra de ninguém”.

A pesquisa também mostra que os problemas ficam ainda mais evidentes quando o foco é a violência contra os jovens – 10% dos municípios brasileiros concentram quase 82% dos assassinatos de pessoas entre 15 e 24 anos, sendo negros do sexo masculino as vítimas mais comuns.

Com informações da Agência Brasil