Rio Madeira – Bolívia reafirma necessidade de novos estudos ambientais
21 de fevereiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
O presidente boliviano, Evo Morales, deixou o Brasil sem que se chegasse a um acordo quanto a projetos hidrelétricos no rio Madeira. Segundo informa o jornal Folha de São Paulo, Morales reafirmou que os estudos brasileiros são insuficientes para garantir que território boliviano não será impactado, e teria pedido até mesmo o cancelamento do processo de licenciamento das usinas de Sanro Antônio e Jirau, em Rondônia. Ainda segundo o jornal, a proposta de usinas binacionais do outro lado da fronteira, mesmo bem-recebido, não foi o bastante para aplacar a preocupação de La Paz com o projeto brasileiro.
Já na última quarta-feira, o ministro de Serviços e Obras Públicas da Bolívia, Jerjes Mercado Suárez, reiterou a posição de seu país em exigir novos estudos ambientais para a instalação das duas represas brasileiras em Rondônia.
Como informou o Amazonia.org.br no mesmo dia, organizações não-governamentais como o Fórum Boliviano sobre Meio-Ambiente e Desenvolvimento (Fobomade) e a Federação Sindical Única de Trabalhadores Campesinos do Pando (Fsutcp) estariam presionando o governo local, denunciando que as represas projetadas têm como único objetivo a produção de eletricidade destinada às zonas industriais do Centro-Sul brasileiro, e não para o abastecimento das regiões afetadas. Com isso, o ministro declarou que o Brasil não poderá dar início a construção das represas até demonstrar que estas não prejudicarão a Bolívia no plano social, ambiental e econômico. “Chegamos a esta posição na semana passada na reunião com as autoridades brasileiras, é uma situação complicada, mas estou convencido que vamos encontrar uma solução onde ambos os países saiam ganhando”, explicou. O estudos complementares que estão sendo exigidos deverão ser confrontados com análises iniciadas por técnicos da própria Bolívia.
*Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br