Custo da construção inicia com inflação em MT

8 de fevereiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O Custo Unitário Básico (CUB), que afere a inflação no setor da construção, inicia o ano em Mato Grosso em ligeira inflação com índice de 0,01%. O valor global ficou em R$ 788,17 o metro quadrado. Em dezembro era de R$ 788,08. Esse valor refere-se a um prédio de oito andares, com apartamentos de dois dormitórios, sem considerar itens diferenciais, como elevadores, jardinagem, instalações de prevenção a incêndio, entre outros.

Apesar da pequena elevação no valor global, o acumulado dos últimos 12 meses permanece deflacionário, com queda de 5,72% em janeiro. No mesmo período do ano passado, o índice foi de 6,66%, o que retrata uma queda significativa na inflação do setor. “Apesar da deflação registrada ao longo de 2006, os materiais básicos, como cimento e aço, apresentaram elevação significativa nos preços nesse início de ano”, destaca a engenheira do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Sheila Marcon de Mesquita, responsável pelo cálculo.

Ela ressalta que o aumento dos preços de materiais como cimento, que registrou em janeiro inflação de 8%, tem um reflexo direto no custo das casas populares (de apenas um quarto) e galpões industriais. “Essa construções utilizam o cimento em grande escala”, diz. O CUB é formado por duas variáveis: mão-de-obra e cesta básica de materiais, composta por 41 itens. Alterações nesses setores promovem a inflação ou queda do metro quadrado das construções.

Com a elevação da matéria-prima, o primeiro mês do ano registra inflação no segmento casas populares de 0,52%, com o metro quadrado em R$ 460,38. Em dezembro, o valor era de R$ 457,98. A alta foi ainda maior no acumulado dos últimos 12 meses, com inflação de 1,74%. O mesmo se deu no valor do CUB dos galpões industriais, com variação de 0,90%. O valor global ficou em R$ 313,89, contra R$ 311,08 em dezembro. O acumulado dos últimos 12 meses registra inflação de 7,02%.

A engenheira alerta que o CUB não deve ser comparado com outros índices do setor da construção, entre eles aqueles elaborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). “São todos índices importantes, porém com metodologias e objetivos diferenciados”. Para quem quiser utilizar o CUB, Sheila sugere que entrem em contato com o Sinduscon/MT pelo telefone (65) 3627-3020. A tabela completa do CUB pode ser acessada no site do Sinduscon/MT. O endereço eletrônico é o www.sindusconmt.org.br.

Fonte: www.24horasnews.com.br