Estudo avalia atuação do setor privado no saneamento

29 de janeiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Um levantamento encomendado pelo Ministério das Cidades e por onze entidades do setor de saneamento vai analisar a atuação das cerca de 40 companhias privadas que prestam serviços de água e esgoto no Brasil. O estudo vai abordar desde aspectos que afetam os consumidores, como a tarifa e a qualidade dos serviços, até o impacto no orçamento dos governos municipais. O objetivo é produzir uma pesquisa criteriosa que permita verificar as vantagens e as desvantagens da atuação do setor privado no saneamento.

A pesquisa, que será realizada por uma consultoria contratada pelo governo federal, deve começar em fevereiro e ficar pronta antes do final do ano. Os trabalhos serão coordenados por uma equipe formada por dois representantes de entidades do setor e dois especialistas do PMSS (Programa de Modernização do Setor Saneamento) – projeto desenvolvido pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, do Ministério das Cidades, com o apoio do PNUD.

O levantamento representa o mais abrangente estudo sobre a participação do setor privado no saneamento realizado no Brasil, segundo Nyedja da Silva Marinho, consultora do PMSS que integra a equipe de coordenação da pesquisa. Ela conta que o trabalho busca responder a três perguntas: Qual o impacto da participação do setor privado no acesso e na qualidade dos serviços; qual o impacto na eficiência das empresas; e qual o impacto fiscal, no orçamento das prefeituras. “Esse estudo vai dirimir muitas dúvidas que ainda existem sobre a participação do setor privado”, afirma Nyedja.

Para avaliar a atuação das companhias privadas a partir da perspectiva dos consumidores, o estudo deve analisar itens como o preço das tarifas, o nível de acesso entre a população de baixa renda e a qualidade dos serviços. Em relação às empresas, a pesquisa deve verificar se foram feitos investimentos e melhorias operacionais. Já do ponto de vista dos governos, a avaliação será principalmente sobre o impacto fiscal, produzido pela transferência dos serviços à iniciativa privada. “Quando a prefeitura deixa de ter um departamento de água e esgoto, ela passa a não ter mais gastos administrativos com pessoal”, explica Nyedja.

Atualmente, existem cerca de 40 companhias privadas prestando serviços de saneamento no Brasil. Essas empresas atendem aproximadamente 7 milhões de pessoas em 63 municípios.

Fonte: Informe PNUD Brasil