Causas do desmoronamento da Estação Pinheiros em SP

15 de janeiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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As chuvas intensas dos últimos meses podem ter afetado a resistência do solo na base das obras da Estação Pinheiros da Linha 4-Amarela do Metrô, na Zona Oeste de São Paulo, que desmoronaram na tarde da última sexta-feira (12). A avaliação é do presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), José Tadeu da Silva.

O engenheiro civil acredita que a principal causa do acidente tenha relação com a natureza geológica do terreno, que pode ter sido agravada pelas águas. Ele acrescentou que as obras acontecem próximas ao Rio Pinheiros, uma região de várzea, cujo solo é bastante fragilizado. “O solo é algo imprevisível. Mesmo fazendo sondagens, sofre variações. Por mais aprimorado que seja o levantamento geológico, as variações são imprevisíveis”. Segundo ele, as camadas do solo do terreno, próximo ao Rio Pinheiros, não são uniformes.

Silva ressalva, entretanto, que as causas do acidente só poderão ser apontadas com certeza após uma perícia técnica da engenharia. Ele explica que se há uma oscilação na estrutura da obra, o sistema de contenção pode ruir, fazendo desabar toda a terra ao seu redor. A queda da abóbada de concreto que cobriria a estação agrava ainda mais a situação de desabamento.

O Crea-SP descarta que um possível erro de projeto tenha provocado o acidente. O conselho vai abrir um processo administrativo de responsabilidade técnica para apurar o desabamento.

Fonte: G1.Globo / Rádio Grande FM