Embrapa Agroenergia

11 de janeiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Até o final de janeiro a primeira chefia da recém-criada Embrapa Agroenergia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), estará instalada na sede da instituição, em Brasília. “Uma das primeiras iniciativas será a análise da carteira de projetos que vai compor as prioridades para este novo centro. Ou seja: fazer um levantamento do que existe e dos gargalos”, diz o diretor-presidente em exercício, pesquisador Kepler Euclides Filho.

Algumas das linhas de pesquisa e desafios para este centro – que vai integrar o que há de mais moderno na busca de novas matrizes energéticas – já constam do rol de prioridades, apesar do período de instalação. Uma delas são estudos para o aproveitamento de resíduos de gordura animal e vegetal à produção de energia. Os temas estão na pauta do Labex Estados Unidos (Laboratório Virtual da instituição naquele país).

No Brasil, pesquisdora Martha Higarashi, da Embrapa Suínos e Aves (Concórdia-SC) reforça o estudo com uma proposta para gerar combustível a partir do aproveitamento da gordura animal, atualmente usada para fazer farinha para ração. A idéia é utilizar o produto no próprio sistema destinado ao aquecimento dos sistemas de avicultura e suinocultura. Para kepler essa é linha de pesquisa que, além de oportunizar uma nova fonte energética, contribui para a sustentabilidade da cadeias produtivas.

Outra novidade é o investimento em pesquisas com cana-de-açúcar. Projetos para essa finalidade estão em desenvolvimento em unidades como a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE). A intenção é obter novos materiais genéticos, que sirvam para diferentes regiões do Brasil. Mas esses são apenas alguns pontos para demonstrar o ritmo acelerado da mais nova unidade da Embrapa, pois o avanço e respostas para o aproveitamento de oleaginosas na produção de biodiesel são uma realidade. O óleo de mamona é um deles.

O trabalho do Labex Estados Unidos na busca de aproveitamento dos resíduos de gordura animal, alinhado ao estudo Martha Higarashi, é o melhor exemplo da forma inovadora de trabalho da Embrapa Agroenergias. A unidade atua em rede, contando com parceiros da iniciativa pública e privada, entre eles centros de pesquisa da própria Empresa, instituições, universidades e organismos internacionais. A administração (enxuta) está em Brasília.

As pesquisas, no entanto, não têm fronteiras. “É uma concepção diferenciada”, elogia kepler Euclides Filho ao observar que também há investimento em recursos humanos, com a contratação de pessoal aprovado no último concurso público.

A Embrapa Agroenergia, que terá como chefe-geral o pesquisador Frederico Ozanan Machado Durães funcionará no edificio sede da Empresa. Na chefias-adjuntas de Comunicação e Negócios e Administrativa estarão José Eurípedes da Silva e Maria do Carmo de Morais Matias, respectivamente. Nas próximas semanas a diretoria definirá quem ocupará a chefia de Pesquisa & Desenvolvimento.

Deva Rodrigues (MTB/RS 5297)
Contatos (61) 3448-4113
Deva.rodrigues@embrapa.br