Presidente Kateri faz balanço dos 7 meses de mandato
3 de agosto de 2017, às 14h25 - Tempo de leitura aproximado: 5 minutos
Kateri Felsky dos Anjos nasceu em Porto Alegre-RS no ano de 1961. Filha do engenheiro agrônomo e ex-conselheiro do CREA, Gabriel Miranda dos Anjos e da geógrafa Cecília Felsky dos Anjos, veio para Cuiabá em 1964, quando seu pai veio atuar na extensão rural. Na juventude, por influência do pai, foi para a Universidade Federal de Viçosa (MG) fazer agronomia. Kateri formou-se em 1983 e começou a trabalhar no ano seguinte, na Companhia de Financiamento da Produção (CFP), atual Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), onde fez sua carreira ocupando cargos como de gerente, superintendente regional e, após fazer o curso de Direito, ocupou o cargo de procuradora regional do órgão. Há cerca de 12 anos, passou a integrar o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso, como Conselheira, tendo atuado na Câmara de Agronomia, inclusive como coordenadora. Posteriormente, Kateri foi vice-presidente do Conselho nas gestões de Tarciso Bassan e Juares Samaniego. Atualmente, com a renúncia do ex-presidente, para assumir o cargo de Conselheiro Federal, Kateri gere o CREA-MT, função que exerce desde janeiro deste ano. Aqui, ela comenta sobre sua gestão e as ações que vem desenvolvendo no Conselho.
1) Presidente Kateri, como a sra encarou esta missão de ser presidente do CREA-MT, era algo que a sra esperava?
Kateri: De certa forma virou uma possibilidade, uma vez que o presidente Juares licenciou-se e, foi candidato a Conselheiro Federal, sendo, portanto, eleito. Encarei como um desafio, uma vez que ainda trabalhava na CONAB e, não podia me dedicar em tempo integral. No entanto, como a gestão pública não era desconhecida para mim, uma vez que já havia atuado nesta área, assumi o CREA-MT confiando nos colaboradores, nos conselheiros e, com a ajuda deles procurei aperfeiçoar o trabalho do Conselho e a prestação de serviços à sociedade.
2) Como a sra vê o Conselho Regional atualmente?
Kateri: Eu vejo que o Conselho precisa melhorar muito para acompanhar o desenvolvimento do Estado de Mato Grosso. O CREA-MT não conseguiu acompanhar, na mesma velocidade, esse desenvolvimento. Há muito a desenvolver na área da tecnologia da informação e no aprimoramento do corpo funcional para atingirmos os objetivos mínimos – a fiscalização do exercício profissional, visando o bem da sociedade.
3) A sra completou 7 meses de sua gestão, como a sra avalia a condução do Conselho neste período?
Kateri: O Conselho caminhou a passos largos, na busca das melhorias já mencionadas e, precisa continuar neste mesmo ritmo para atender dignamente os profissionais e a sociedade. Só para se ter uma ideia, quando chegamos, o sistema de tecnologia utilizado pelos profissionais era uma versão de 2003, hoje já estamos atualizados na versão 2017 e desenvolvendo diversos softwares que visam facilitar a vida dos profissionais. Com isto, estamos conseguindo, gradativamente, melhorar a prestação de serviços. Também implementamos uma gestão mais participativa e transparente, inclusive, trazendo os conselheiros para uma maior participação na tomada de decisões.
4) Que ações a sra pode destacar como prioritárias ou conquistas neste tempo como presidente?
Kateri: A principal conquista é a transparência e a implementação da gestão participativa, além é claro, do processo de modernização que está em andamento. Lançamos um novo portal, conseguimos desenvolver um aplicativo para celular e, ainda este mês, os profissionais terão a ART Eletrônica à sua disposição. Aliado a isto, a prática da fiscalização mudou, otimizando a atuação do fiscal em campo.
5) Como está a interiorização do CREA em Mato Grosso, a sra já conheceu boa parte das Inspetorias?
Kateri: Estamos dando continuidade à interiorização iniciada ainda na gestão do presidente Bassan em 2006, reformando e construindo novas inspetorias. Estamos também na fase de planejamento para dotá-las de pessoal, equipamentos e mobiliários compatíveis com o andamento dos trabalhos, tão importantes, que lá são desenvolvidos. Somente após me aposentar, em maio deste ano, que foi possível me dedicar totalmente ao Conselho. Comecei minhas viagens para vistoriar cada uma das nossas inspetorias e ouvir tanto servidores, como os profissionais. Para nós é muito importante esta interação, pois cada região tem sua especificidade e, as demandas são diferenciadas, precisamos estar abertos para esta interlocução. Afinal, estamos aqui para buscar formas de melhor atendê-los.
6) Na atual conjuntara do país, para a sra, quais são os maiores desafios do CREA-MT?
Kateri: O CREA-MT tem que acompanhar o desenvolvimento do Estado, compatibilizando a valorização profissional e o interesse da sociedade, prestando de fato, um serviço de excelência, e assim, garantindo mais segurança para todos. Fora isto, a ética deve ser a condutora de todo este processo, seja dentro ou fora do Conselho.
7) O seu tempo de gestão é até o final do ano, o que a sra quer para o Conselho e seus profissionais para os anos que virão?
Kateri: Quero um Conselho forte, uma instituição independente, representativa de fato de todas as modalidades tecnológicas abarcadas pelo Sistema Confea/ CREA´s. Para isso precisamos atender aos anseios dos profissionais, aproximá-los do Conselho, mostrando também à sociedade a importância deles e, o papel do CREA, que muitas vezes não é entendido. Estamos aqui para fiscalizar o exercício e a atividade dos profissionais, garantindo a legalidade dos serviços que oferecem, tirando leigos que acabam ocupando postos de trabalho e prestando serviços sem ter conhecimento técnico e, tão importante quanto isto, atuarmos garantindo a segurança da sociedade, daqueles que empreendem e contratam nossos mais variados profissionais.