A engenheira mecânica Ellen Karoline, que atua em Rondonópolis, nos conta sobre sua profissão
9 de outubro de 2017, às 9h08 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Ellen Karoline Dias Cruz, tem 25 anos e nasceu em Rondonópolis. Apaixonada por artesanato, livros e cachorros, a engenheira aproveita seu tempo livre para fazer artigos para decoração de quarto de bebês e pratica a boa leitura.
1- Onde e quando se formou e, por que escolheu o curso de engenharia Mecânica?
Me formei na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no campus de Rondonópolis. A princípio minha escolha foi por falta de opção, mais acabei me identificando com o curso e descobrindo que fiz a escolha certa, pois gosto muito do que faço.
2 – Como é o seu dia a dia nesta profissão?
O cotidiano é tranquilo, trabalho atualmente com manutenção de todo tipo de válvulas (segurança, redutora de pressão, controladora, globo, gaveta…) inspeção e calibração de PSVs e inspeção, seguindo a NR13. As coisas apertam mesmo quando há parada para manutenção nas empresas onde prestamos serviços. Mas geralmente é bem tranquilo, apesar de ser de grande responsabilidade.
3 – O que é necessário para se destacar neste mercado de trabalho?
Além de serviços de qualidade e estar sempre aprimorando conhecimentos, uma boa rede de contatos ajuda muito, principalmente no início da carreira.
5- Quais são as oportunidades no mercado de trabalho de Mato Grosso e quais os maiores desafios enfrentados aqui?
As oportunidades são muitas, a engenharia abrange uma ampla gama de empresas e setores. Mas sem dúvida que a maior dificuldade que encontramos desde a faculdade é o preconceito. Essa é uma área ainda predominantemente masculina e o preconceito ainda é enorme. Na maioria dos lugares ninguém acredita muito em uma engenheira mecânica mulher, sem falar que são bem poucas as que vão para a parte técnica, a maioria fica na parte administrativa.
O fato de muitos não acreditarem que a gente sabe, que a gente dá conta e que sabemos o que estamos fazendo, dificulta um pouco o nosso dia a dia, fazendo com que tenhamos que fazer três vezes melhor do que qualquer engenheiro homem faria e ainda, com argumentos melhores. Mas depois que que a gente mostra “a que veio”, fica mais tranquilo.
6- Como você vê, como engenheira mecânica formada e habilitada, a participação em uma entidade de classe? Consideramos que uma entidade forte, fortalece todo o Conselho e possibilita mais representatividade para as categorias que compõe as discussões plenárias.
Com toda a certeza uma entidade de classe estabelecida e forte ajudaria e muito a todos nós engenheiros mecânicos. Teríamos voz e vez. Teríamos uma maior representatividade e maior êxito em questões que ajudariam a melhorar o desempenho de nossas funções.
7- A partir de sua experiência que conselhos você daria para os estudantes que decidiram fazer Engenharia Mecânica ou aos profissionais que estão entrando no mercado de trabalho?
A maior dica seria para não desistirem. Mantenham-se sempre atualizados, busque sempre inovações e diferenciais. Saia do óbvio e da mesmice e busque sempre dar o seu melhor. Assim não há erro e você será um ótimo profissional.