Acadêmicos de Engenharia da UFMT recebem palestra sobre pavimentação urbana
16 de junho de 2022, às 7h52 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos
Com o objetivo de complementar a formação dos acadêmicos das Engenharias da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Associação Brasileira de Engenheiros Civis Departamento Mato Grosso (Abenc-MT), com apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT), promoveu a 5ª edição do projeto Conhecendo o Sistema Confea/Crea e Mútua. O evento, realizado entre os dias 13, 14 e 15 de junho, ocorreu no auditório João Balduíno Mofan, da Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia (FAET).
Assuntos relacionados à drenagem urbana e suas consequências dentro dos dimensionamentos, pavimentação, drenagem e reciclagem de pavimento integraram a ementa do curso e foram debatidos ao longo dos três dias.
Durante a abertura, o presidente do Crea-MT, eng. civil Juares Samaniego, destacou a atuação da autarquia em prol dos profissionais das áreas vinculadas ao Sistema Confea/Crea. “Alguns, quando olham para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, entendem que é só engenheiro civil e agrônomo, mas não é nada disso. Nós temos hoje 250 profissionais registrados junto ao Conselho nas diversas áreas da Engenharia, Agronomia, Geociência e os tecnólogos em diversas modalidades: construção civil, na área agronômica, de alimentos, produção, entre outras”, explicou Juares.
Samaniego ainda explicou sobre a atribuição do Conselho diante do exercício da profissão, definindo as funções que cada profissional poderá ou não desempenhar. “A universidade propõe a formação acadêmica, mas quem vai falar o que você pode ou não pode fazer é o Conselho Profissional”, salientou ele.
Na oportunidade, o presidente do Regional Mato-grossense explicou que o pleno do Crea-MT, é composto por cinco Câmaras Especializadas, com diversas modalidades de Engenharias, como: Civil, Agronomia, Elétrica, Florestal e Geo, Minas e Industrial.
“Dentro das Câmaras estão todas as profissões ligadas às modalidades civis, como: Geografia, Meteorologia, Ambiental, Sanitária, Sanitária e Ambiental, Transporte. Já a Agronomia, por exemplo, não é composta apenas por agrônomos, tem engenheiros de pesca, agrícola e outras modalidades agronômicas. Já a CGMI, que é a Industrial, agrega profissionais da área de produção, industriais, químicos e outros. A Elétrica abrange o engenheiro eletricista, eletrônico e de automação”, ressaltou Juares.
Ele explicou ainda que as vagas nessas câmaras são distribuídas conforme o percentual de profissionais e, por esse motivo, a Câmara de Agronomia é a maior. Na agronômica são contempladas atualmente cerca de dez entidades de classe, a exemplo da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (AEAMT), Associação dos Engenheiros Agrônomos de Água Boa (AEAAB), Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Rondonópolis (AEAGRO) entre outras do interior do estado; além de representantes das instituições de ensino superior, como UFMT, IFMT e Unemat. O plenário do Crea é constituído por academias e entidades de classe. Então todas as questões processuais, registro de pessoa jurídica, análise de auto de infração, são essas câmaras especializadas que analisam os procedimentos. Já o presidente da autarquia fica responsável por questões administrativas e pela condução da plenária.
Juares também exemplificou sobre a luta em prol dos profissionais das modalidades do Sistema, citando que o Conselho entrou com uma ação judicial contra o município de Canabrava do Norte, requerendo retificação do edital de concurso público e solicitando a adequação da remuneração do profissional de Engenharia, nos termos da lei federal 4.950-A/66, que dispõe sobre o piso salarial de profissionais graduados na área. O valor estabelecido pelo edital do município afronta a previsão legal, desmotivando e desqualificando o profissional da Engenharia.
A presidente da Abenc-MT, eng. civil Rejane Mara Castiglioni, também esteve presente e aproveitou a oportunidade para apresentar a entidade de classe e suas atribuições aos acadêmicos.
“A Abenc é uma associação civil, sem fins lucrativos, que tem por objetivo o aperfeiçoamento técnico-científico e o desenvolvimento cultural dos Engenheiros Civis e de Transportes em todo o território mato-grossense. Nós lutamos em prol dos nossos profissionais e estamos sempre de prontidão na defesa dos direitos da nossa classe. Nós temos hoje 1.250 profissionais associados ao Crea-MT e esperamos que vocês formados e os que estão a formar venha agregar à nossa associação”, destacou.
Na ocasião, o professor de Engenharia Civil e doutor em Engenharia de Transportes da UFMT, Sérgio Magalhães, ministrou a palestra “Pavimentação Urbana: Suas manifestações patológicas e reciclagem”, que abordou temas como: pavimentação, drenagem e reciclagem de pavimento.
“A abordagem da palestra faz menção à Engenharia de Pavimentos Flexíveis, Engenharia de Pavimentos Rígidos, e de Pavimento Semi-rígidos. O objetivo foi demonstrar atualizações do cenário pós pandemia, das novas pesquisas sobre pavimentação e da reutilização dos pavimentos, como: materiais de revestimentos e materiais de base, com isso podemos economizar as pedreiras, jazidas e outros resíduos”, detalhou Magalhães.
Sarah Mendes sob supervisão de Cristina Cavaleiro / Gerência de Relações Públicas, Marketing e Parlamentar (GEMAR) / Fotos: Cristina Cavaleiro