Álcool já custa R$ 1,08 na Capital

12 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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O preço do álcool combustível baixou ainda mais em Cuiabá. Na sexta-feira o litro custava R$ 1,14 e desde sábado vem sendo comercializado até a R$ 1,08. O valor, que ainda continua em algumas bombas da cidade, é o menor desde que o produto começou a baixar por conta da entrada do período de safra da cana-de-açúcar, em primeiro de abril, que estava em R$ 1,83. A redução já chega a 41%, porém não é mais atribuída ao valor de venda nas usinas, mas a promoções feitas pelas distribuidoras. Pelo menos é o que dizem os Sindicatos das Indústrias Sucroalcooleiras (Sindálcool) e do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetróleo).

O superintendente do Sindálcool, Jorge dos Santos, diz que nas usinas o litro do álcool está a R$ 0,66 sem impostos. “Sendo assim, o preço mínimo nas bombas, com o pagamento de todos os impostos, deveria ser o dobro do cobrado pelas produtoras”.

Mas a previsão é que as “promoções” durem pouco. Ontem mesmo alguns postos já não estavam mais com o produto tão barato e o preço médio chegou a R$ 1,30. A tendência é de o valor do produto nas usinas continuar o mesmo, conforme avalia Santos.

Quem se mostra preocupado com a situação é o Sindipetróleo. A entidade, via assessoria de imprensa, informa temer o início de uma guerra de preços. Para o Sindipetróleo, se o valor do produto baixar muito postos terão a sobrevivência ameaçada pela margem de lucro apertada.

A distribuidora Simarelli vem reclamando, desde fevereiro deste ano, de uma suposta concorrência desleal. A empresa acusa outras do mesmo ramo de estarem sonegando impostos e, com isso, terem condições de vender o álcool mais barato aos postos. A Simarelli não chegou a formalizar denúncia. O gerente geral da Simarelli, Orisvaldo Jacomini, diz que a empresa tem sido prejudicada porque paga impostos regularmente e não consegue vender o combustível a preços menores. Conforme ele, o resultado disso é que os postos da Simarelli, que vendiam cerca de 500 mil litros do combustível por mês, passaram a comercializar 150 mil.

Fonte:Gazeta Digital