Alunos da Poli desenvolvem projetos sociais
10 de janeiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Tomar vacinas, comprar repelentes, separar roupas leves e não esquecer da máquina fotográfica. Essas foram as recomendações seguidas à risca pelo estudante do 5º ano de Engenharia da Computação da Poli-USP Fernando de Oliveira Gil. Ontem, ele e mais quatro colegas brasileiros e cinco alunos do Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), dos Estados Unidos, embarcaram para a Vila Canuanã, na Ilha do Bananal, em Tocantins.
Lá, começam hoje a desenvolver projetos sociais em conjunto com alunos e orientadores da Escola da Fundação Bradesco instalada na região. O trabalho visa atender as necessidades dos moradores do assentamento de Canuanã e da aldeia dos Javaés. Os estudantes, acompanhados por um orientador da Poli-USP e outro do MIT, ficam na comunidade até o próximo dia 21, para identificar e solucionar problemas que requeiram conhecimentos de engenharia.
O projeto integra o Programa Poli Cidadã, que tem como objetivo estabelecer mecanismos para incentivar a realização de projetos de conclusão da graduação que atendam necessidades da sociedade. Segundo o coordenador, Antonio Luís de Campos Mariani, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli, a equipe que viajou ontem (9) e vai dar continuidade aos projetos de um outro grupo, que esteve na mesma comunidade em janeiro do ano passado.
“Tudo começou em 2005, quando estivemos lá a primeira vez e fizemos um levantamento das necessidades. Em 2006, quatro alunos da Poli e quatro do MIT voltaram ao local e começaram a colocar em prática os projetos”. O professor deixa claro que todo o planejamento das ações é feito em conjunto com a comunidade, por meio de reuniões à distância: “Depois de muita conversa nós elegemos as prioridades para a população local e fazemos um planejamento. Para a experiência que começa agora, os alunos vão trabalhar para geração de renda, condicionamento do leite retirado com a ordenha e, principalmente, pela melhor utilização da água”.
No ano passado, foram desenvolvidos 15 projetos, dentre eles um sistema de radiação solar para eliminar microorganismos da água e um programa de computador que reconhece e adapta o teclado para registrar fonemas da língua indígena local. Segundo Mariani, devido aos bons resultados, surgiu a idéia de criar a Rede de Inclusão Social. “Além da Poli-USP, do MIT e da Fundação Bradesco, outras instituições já estão se agregando à rede, como a Universidade Católica de Brasília, que já nesta atividade será nossa parceira”, afirma. [Jornal da Tarde]
Fonte: Jornal da Tarde / Universia