AM CRIA BOLSA-FLORESTA PARA COIBIR DESMATAMENTO

14 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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O governo do Amazonas inventou uma nova forma de estimular a população a cuidar das florestas, que cobrem 98% da área de 1,5 milhão de quilômetros quadrados do Estado. Trata-se do Bolsa-Floresta: um benefício anual pago às famílias que, morando em regiões florestais, contribuírem para a sua preservação.

O valor do benefício irá variar de acordo com o empenho das famílias. Poderão receber até R$ 600 – pagos no caso de desmatamento zero, aferido pelo Instituto nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O incentivo faz parte da Política Estadual de Mudanças Climáticas – um pacote de leis ambientais lançado pelo governador Eduardo Braga (PMDB).

O dinheiro virá do carbono armazenado na floresta: produto que o governo espera vender a pessoas físicas e empresas do Brasil e do exterior. Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Virgílio Viana, embora o carbono resultante da manutenção de florestas existentes esteja fora do Protocolo de Kyoto, não podendo ser oficialmente negociado, há um mercado paralelo, de iniciativas voluntárias. Em 2006, teria movimentado cerca de US$ 1 bilhão, dentro do mercado total de US$ 30 bilhões.

Quem comprar o produto ofertado receberá um certificado, especificando que a contribuição é conversível em toneladas de carbono, com desmatamento evitado. Acredita-se que no futuro estes certificados serão aceitos no mercado, assim como os que se enquadram nas determinações do Kyoto – voltadas para reflorestamento de áreas devastadas até 1990.

Fonte: OESP, 14.06.2007.