Amaest-MT presente no Seminário LER /DORT melhor prevenir

10 de março de 2020, às 14h06 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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A Associação Mato-grossense de Engenheiros de Segurança do Trabalho (Amaest-MT) em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho em Mato Grosso (SRTB-MT), o Grupo de Pesquisa de Direito Ambiental do Trabalho (GPMAT) da Universidade Federal de Mato Grosso(UFMT) realizaram dia 05 de março, no Centro de Evento do Senai em Cuiabá, Seminário para relembrar a importância do Dia Internacional de Prevenção às LER/DORT.

A programação do seminário teve início com o painel Ergonomia e Saúde e Segurança no Trabalho, que trouxe abordagem sobre “A Importância da Ergonomia como modelo de prevenção das LER/DORT”. O Engenheiro de Segurança do Trabalho, Kengiro Suezawa Camargo, diretor técnico da Associação dos Engenheiros de Segurança de MT (Amaest), e Ronise Andrea Lino, fisioterapeuta do trabalho, especialista em ergonomia e em RPGR, apresentaram ponderações sobre o tema. Representante do SESI, o fisioterapeuta com especialização em ergonomia, Antônio Carlos de Oliveira Júnior falou neste primeiro painel sobre “Ferramentas ergonômicas pra controle do absenteísmo: Ergonomia 4.0”.

A iniciativa vem ao encontro das ações realizadas em todo o Brasil pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Trabalho, em reverência ao Dia Internacional de Prevenção das LER e DORT, celebrado no último dia 28 de fevereiro.

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são as doenças que mais afetam os trabalhadores brasileiros no ambiente de trabalho. A constatação é do estudo Saúde Brasil 2018, do Ministério da Saúde.

O Engenheiro de Segurança do Trabalho, Kengiro Suezawa Camargo, diretor técnico da Amaest, também já foi acometido por doença ocupacional.

No segundo painel, Solange de Holanda Rocha, mestre em Direito pela UFMT e procuradora federal, falou sobre “As Doenças Ocupacionais e as Ações Regressivas Ajuizadas pelo INSS”; e André Araújo Molina, Doutor e Mestre em Direito pela PUC/SP, Juiz do Trabalho do TRT da 23ª Região, abordou “Responsabilidade Civil Decorrente das Doenças Ocupacionais”.

A Chefia do Núcleo de Segurança do Trabalho da SRTB ainda ressaltou a importância da fiscalização nesse cenários, com ações repressivas, não só na contensão dos riscos da ergonomia, mas fiscalização de acidentes e doenças do trabalho. A atuação da fiscalização é bastante útil para demonstrar ao empregador as desconformidades e fazê-lo cumprir a lei.

Durante os painéis os especialistas explicaram que as LER/DORT ocorrem devido a posturas incorretas, falta ou ergonomia mal adaptada, jornadas longas de trabalho sem pausas, movimentos repetitivos, e excesso de atividades como fatores de riscos que podem ocasioná-las. Linhas de montagem, embalagem e produção em série são os locais de trabalho onde há maior risco e incidência de LER/DORT.

De acordo com o Ministério da Saúde, dentre as doenças que são classificadas como LER/DORT estão tenossinovites, tendinites, epicondilites, bursites, miosites ou síndrome miofascial, síndrome do túnel do carpo, síndrome cervicobraquial, síndrome desfiladeiro torácico, síndrome do ombro doloroso, doença de quervain, cisto sinovial.

Dependendo do estágio de adiantamento da doença, a LER/DORT pode ser praticamente irreversível. E é ainda que entra o foco do seminário, que é a prevenção, uma preocupação da Auditoria-Fiscal do Trabalho, responsável pela fiscalização da Saúde e Segurança do Trabalhador.

O Superintendente Regional do Trabalho em Mato Grosso, Eduardo Maria explicou que o trabalho da Auditoria visa identificar os perigos ocupacionais existentes no meio ambiente de trabalho, os fatores de potencialização de doenças, com o objetivo de eliminar ou reduzir a exposição dos trabalhadores a riscos ou perigos ocupacionais que possam causar doenças, incapacidades e mortes.

“A prevenção ainda é a forma mais eficiente de evitar danos físicos e materiais, tanto para o empregado quanto para o empregador, pois um afastamento por doença laboral significa prejuízo à sociedade de um modo geral”, ressaltou. O evento contou com a participação da presidente da Amaest em exercício , Marly Siqueira.

 

Cristina Cavaleiro/Equipe de Comunicação do Crea-MT  com informações do site Circuito MT