Audiência Pública discute questão dos resíduos sólidos

11 de abril de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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O Plano Diretor para Resíduos Sólidos Urbanos da Capital Federal foi tema de discussão de audiência pública realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães ontem (10/4). Participaram cerca de 400 pessoas, entre representantes de Organizações Não-Governamentais e do poder público.
O objetivo foi debater e trocar experiências sobre a questão do lixo no Distrito Federal. Para os representantes do GDF, além de buscar soluções que evitem o desgaste e a poluição do meio ambiente, é preciso pensar em uma Política Pública para o setor.

Atualmente, o DF tem cinco Unidades de Tratamento de Lixo, mas o que preocupa é o elevado índice de rejeitos produzido por cada uma delas, cerca de 60% é rejeito. Por isso, segundo especialistas, é importante reavaliar não apenas as unidades, mas construir uma política pública eficiente e que seja capaz produzir um sistema articulado que leve a uma melhor racionalidade do serviço.

“A hora é agora”
Os participantes consideraram urgente que a o DF tenha um projeto de Coleta Seletiva e que toda a população seja mobilizada. Para a presidente do Crea-DF um Plano Diretor seria fundamental para garantir qualidade de vida da população. “Todos nós temos que colaborar para a elaboração do Plano Diretor. Só assim vamos evitar mais danos ao meio ambiente. A hora é agora”, conclamou a presidente.

O Presidente do Sindicato dos Engenheiros do Distrito Federal (Senge-DF), eng. civil Ronildo Divino de Menezes, defende que os engenheiros têm papel fundamental na questão. “A construção civil gera um desperdício de 30% de material, o que aumenta o custo da obra em 15%. Se esse material fosse reciclado, além da economia, estaríamos contribuindo para melhorar a qualidade de vida”, ressaltou Ronildo. Ele afirmou que uma política pública depende apenas de vontade política.

O consultor do Banco Mundial Luís Kaimoto apresentou várias experiências, mas lembrou que nem sempre um mesmo projeto é válido para duas cidades. “Tem que ter tecnologia e técnicas específicas para atender às particularidades de cada região”, alertou o consultor.

Fonte:Crea-DF