Bovespa recua 0,86%; dólar sobe 0,19%, a R$ 2,025

26 de abril de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Fonte: FolhaNews

São Paulo – A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua 0,86%, aos 49.250 pontos, nesta quinta-feira. O mercado brasileiro descola dos pregões americanos –em recuperação moderada– e segue o “script” já previsto por analistas, que esperavam realização de lucros (venda de papéis muito valorizados) após a Bolsa atingir níveis históricos nos últimos dias. O volume financeiro é de R$ 1,52 bilhão.

O dólar comercial é negociado a R$ 2,025 para venda, em alta de 0,19%. Os principais contratos DI negociados na BM&F operam mistos, após a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária).

A ata mostrou houve divergência intre os integrantes do comitê a respeito do impacto dos bens importados na inflação. Para os três membros que defenderam um corte maior da taxa Selic, as importações trariam uma contribuição maior para a estabilidade de preços no país do que o imaginado anteriormente. O voto deles foi vencido por outros quatro, que defenderam que os cortes já feitos ainda não surtiram total efeito na economia e, por isso, o ritmo de redução deveria ser mantido em 0,25 ponto, para 12,5% ao ano.

Para o economista-chefe do banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, a ata “frustrou as expectativas de quem esperava uma aceleração na redução da taxa Selic pelo Copom nas próximas reuniões”. O “racha” na última reunião levou boa parte do mercado a esperar um corte maior na taxa Selic no próximo encontro do comitê.

“A síntese do argumento [contra um corte maior] é que pressões de preços, a princípio isoladas e transitórias, atingem a economia em um momento em que a demanda doméstica se expande a taxas robustas”, interpreta o economista, sobre o texto do documento.

Gonçalves nota também que o Comitê avalia que os cortes anteriores da taxa Selic ainda não mostraram todos os seus efeitos sobre a economia real, o que reforça as preocupações com o aquecimento da economia nos próximos meses.